Cheiro de Amor

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Um mês já havia se passado desde que saí do hospital e vim pra casa de Giovanna. Ao contrário do que possa parecer não foi nada fácil ou simples. A vida de ninguém poderia parar por conta da minha, então com Giovanna tendo que voltar ao trabalho, resolvemos trazer minha avó pra ficar comigo durante o dia e no final da tarde a loira assumia o posto de enfermeira.

Por sorte dona Creusa é uma cozinheira, de mão cheia e nos abastecia até o próximo dia, porque se dependesse de Antonelli, viveríamos à base de miojo, Ifood e vinho.

Foram noites de dores e pesadelos. Perdi as contas de quantas vezes acordei gritando tendo uma Giovanna agarrada aos meus ombros tentando me acordar. Sem contar na falta de ar que eu sentia toda vez que respirava mais forte, no incômodo que era tomar banho e depender completamente de alguém ou não poder pegar minha mulher no colo quando ela colocava um pijaminha safado nas noites de calor e deitava ao meu lado toda cheirosa.

Como estava muito debilitado, Rodrigo e Otaviano revezavam no meu transporte a fisioterapia nos dias que Giovanna não conseguia, nos primeiros 20 dias. Agora eu já consigo ir de Uber na companhia da minha avó, pois aparentemente ninguém confia em mim pra fazer isso sozinho.

Mas nada é o que parece ser. Giovanna e eu não nos casamos, meus dias aqui no apartamento dela estão contados. Não estou reclamando em poder conviver todos os dias com ela, não mesmo, essa é a parte boa desse pesadelo todo, mas não vejo a hora de poder retornar a minha rotina, meu trabalho e principalmente minhas noites regadas a vinho, música e Giovanna. Meu corpo até treme só de pensar nela e na saudade que estou do gosto dela na ponta da minha língua e do gemido rouco que ela solta a cada toque das minhas mãos no seu corpo.



- Amor, cheguei!  - Giovanna entra igual um vendaval.  - Dona Creusa já foi?   - Ela joga a bolsa no móvel próximo a entrada, retira os saltos e vem sentar no meu colo igual uma gata manhosa.


- Foi sim, linda!  - Aperto em meus braços e passo a cheirar seu pescoço a fazendo se contorcer.


- Para, Nero. Se não tem intenção em terminar, nem começa!  - A braveza me empurrava os ombros sem nenhuma força de vontade, o que me fazia aumentar as investidas.


- E quem disse que não tenho intenção? Tô nessa casa o dia inteiro sem fazer absolutamente nada. E como diz o ditado: mente vazia oficina do tesão.  - Giovanna gargalhou jogando a cabeça pra trás. me dando ainda mais acesso a sua pele cheirosa e macia.

Continuei beijando seus pescoço agora já descendo pro colo, seios, enquanto Antonelli se ajeitava rodeando meu corpo com uma perna de cada lado.


- Eu posso te machucar, amor.  - A voz dela já estava mais rouca que o natural, evidenciando todo o desejo reprimido por 30 dias.


- Você é minha cura, linda!  - Segurei seu rosto com as duas mãos e falei olhando no fundo dos seus olhos. E aqui não era somente sobre o meu corpo que eu estava falando.  - Você é minha dose diária de vida.

Tomei os lábios de Giovanna nos meus em um beijo passional. Suas mãos entraram por dentro da minha blusa envolvendo minhas costas. Ela tinha necessidade do calor da minha pele.

Espelhando seus movimentos fui descendo meu toque por seu corpo, descansando as minhas mãos em sua bunda. Descansar não seria bem a palavra, pois ao chegar naquela zona do paraíso, meus dedos quase adentraram sua carne, retirando um gemido dos lábios da minha mulher.


- Então me fode sem torturar, Alexandre.  - As mãos dela adentraram agora minha calça de moletom, puxando meu membro pra fora, passando o dedo na ponta sentindo o quanto eu já estava preparado pra ela.

Com mãos experientes, Giovanna espalhou a lubrificação por toda a extensão, facilitando o deslizar em meu pau. Tombei a cabeça no encosto de seu sofá caro, aproveitando o momento e senti minha alma sair do corpo quando o calor dos lábios de Giovanna envolveu meu membro.


Eu estava com tanto desejo dela que nem vi quando a loira tinha se colocado de joelhos no chão no meio das minhas pernas. Ergui a cabeça pra admirar o espetáculo que é Giovanna com aquele olhar submisso me encarando de baixo, lambendo da base a ponta e engolindo até engasgar. Me sentia no topo do mundo.


Minha mão foi para o seu cabelo, desmanchando aquele coque que ela usava, fazendo o loiro cair em ondas por seu ombros e rosto como um véu. Enlacei para que não atrapalhasse minha visão do show que era aquela mulher gemendo em um boquete.

Uma eletricidade passou por minhas veias me fazendo estremecer, o que foi perceptível pois a diaba deu um sorrisinho, sem parar as sugadas firmes.


- Eu vou gozar, amor!  - Segurei mais forte em seus cabelos, dando a ela um aviso, mesmo sabendo que não precisava.


- Estou contando com isso!  - Giovanna parou por segundos pra me responder, engolindo meu pau até o limite, me fazendo jorrar em sua boca pouco tempo depois.


Puxei a loira de volta pro meu colo em um beijo urgente. Minha respiração ainda era irregular, mas eu precisava mais dela que do ar.

Giovanna desgrudou dos meus lábios me empurrando lentamente para deitar, tocou com as pontas dos dedos por cada cicatriz e hematoma que havia em meu corpo e foi distribuindo beijos estalados como se aquilo fosse um ritual sagrado.

Quando a boca da loira tocou minha mandíbula afastei um pouco do seu corpo invertendo as posições,  pois ainda não conseguia pegar ela no colo. Me pus de pé no intuito de devolver a ela ao menos um terço do prazer que senti há minutos, mas Antonelli tinha pressa e puxou meu rosto para o seu.


- Não!  - Seu olhar de desejo queimou os meus. Com as pernas em volta da minha cintura, Giovanna me puxou colando nossos corpos e roçando nossos sexos.  -... estou mais que pronta, só me come, eu preciso de você dentro de mim.

Terminei de tirar a calça que ainda estava em meu corpo e me enterrei nela, gememos em uníssono. 


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