Alexandre leva a vida como um típico "adolescente" de 30 anos, sem preocupações aparentes, até que uma única decisão enlaça seu destino àquela que será a maior roubada de sua vida, mas que poderá se tornar a mais bonita de todas.
História adaptada...
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Pra quem estava acostumada a viver sozinha e ter que lidar com toda e qualquer situação sem dividir com ninguém como eu, morar com Alexandre está sendo um baita desafio.
Ele é maravilhoso e tê-lo me mimando, cuidando de mim, e me fazendo companhia, principalmente nas noites de chuva forte em que os trovões iluminavam os espaços e me apavoraram.
Mas também tinha o lado difícil do conviver diariamente. Manias enraizadas, costumes de um que irritava o outro, e o pior de tudo, regras, limites, dar satisfações. Sei que tudo é questão de adaptar-se e entrar em acordos para que funcione, mas não deixa de ser difícil.
Nero é um ranzinza do despertar ao adormecer, e é homem que tem manias de homem e faz raiva como homem. Um exemplo disso é o fedor que está na lavanderia de suas roupas suadas do futebol da terça-feira a noite, ou da clássica toalha molhada em cima da cama, ou pior, da cara de ciúmes que ele fica a cada comentário que eu faço sobre os colegas de trabalho, COLEGAS com H.
A bronca da vez é por conta de um carinha chamado Murilo, estudamos juntos o que significa que ele é alguém do meu passado que por acaso voltou pro meu presente, e antes que pensem mal de mim eu nunca sequer fiquei com ele, não por falta de tentativas do caro colega, mas ele nunca fez meu tipo.
Murilo divide a coordenação do curso comigo, o que quer dizer que estamos o tempo todo em contato, trocamos mensagens ao longo do dia quando um dos dois não está na CAL , mas é sempre sobre o trabalho, eu nunca nem falei sobre o meu café da manhã com ele.
Mas o meu namorido não consegue entender, acha que só porque o cara tem lábia eu vou cair num papinho de conquistador. Tenha santa paciência!
- Amor, tá lembrado do compromisso do final da tarde, certo? - Cheguei na cozinha onde Alexandre já tomava o café da manhã em preparação para o dia de trabalho. - Chego às 18:00 e a gente sai no máximo às 19:00 - Sentei ao seu lado me servindo de uma xícara de café fresquinho.
- Hoje devo chegar antes de você, linda! Não se preocupe que eu vou tá bem gato pra você exibir pras suas amigas. - O safado deu piscada pra mim sabendo exatamente o que me causa esse tipo de coisa. - Até porque não posso sair igual um mendigo pra conhecer seus AMIGOS. - Alexandre frisou o amigos para que eu não tivesse dúvidas a quem ele se referia.
- Ah não, Nero, isso de novo não. Por favor! - Revirei meus olhos já cansada daquele assunto. - Quer ficar em casa pra não passar raiva? - Lancei meu olhar mais sério possível, fazendo Alexandre bufar.
