Alexandre leva a vida como um típico "adolescente" de 30 anos, sem preocupações aparentes, até que uma única decisão enlaça seu destino àquela que será a maior roubada de sua vida, mas que poderá se tornar a mais bonita de todas.
História adaptada...
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A ida até a casa dos pais de Giovanna foi melhor do que eu pude imaginar. Giacomo ficou muito emocionado em conhecer a neta. E minha pequena se aconchegou ao lado do avô como se o reconhecesse. Foi bonito ver a interação deles. Queria muito que Giovanna tivesse presenciado esse encontro, mas não a julgo, ninguém pode julgá-la, porém penso que seria bom pra ela reconsiderar a convivência com o pai, até porque o velho não tem tanto tempo de vida não, tá? Tudo agora são cuidados paliativos, e a cada dia a estrela dele se apaga. Tenho medo dela se arrepender de não ter se permitido. Mas aí é com ela e seu próprio coração.
Faltando 1 semana pra colocar meu nome no dela, hoje Antonelli foi pra consulta ver como está nosso pinguinho, e eu fiquei com Tetê, a pequena está com febre desde a madrugada, então achamos melhor não tirar ela de casa hoje.
- Como tá meu amorzinho? - Giovanna entrou no quarto da nossa filha onde eu trocava sua fralda depois de um cocô bomba. - Ainda tá com febre, amor! - Ela tocou a testa da nossa pequena que estava até com os olhinhos vermelhos de tão quente. - Acho melhor levar ela no hospital, Nero. - A voz da loira já estava embargada.
- Amor, eles vão só passar remédio pra febre, porque até pra fazer exames eles querem que esteja com mais de 2 dias de febre. A febre não é muito alta. - Eu tentava ser racional enquanto minha mulher era só sentimento e desespero.
- Tu tem razão. Mas se não passar até amanhã eu não vou esperar nem o sol nascer, Alexandre. - Ela encostou a testa em meu ombro enquanto acariciava as costas da nossa filha que estava amuada em meus braços.
Ficamos na sala de Tv vendo uma série enquanto Tetê dormia no carrinho ao nosso lado. Giovanna não deixaria nossa filha sozinha nem por 1 segundo, mesmo que a babá eletrônica fosse muito eficiente. O incidente do "prender o choro" ainda reverbera por aqui.
- Mas me diz, linda, como foi lá na consulta. Tudo bem com o bebê? - Ela estava deitada parcialmente em cima de mim, com a cabeça em meu peito, enquanto eu lhe fazia um cafuné. A loira tava cochilando e fingindo que assistia.
- Tá sim. Estou indo pra decima quarta semana. - Fiz aquela cara de quem não entende nada quando as gravidas falam em semanas, fazendo Giovanna revirar os olhos. - 4 meses, amor! Na próxima consulta já podemos descobrir o sexo. - Ela ergueu a cabeça olhando em meus olhos esperando uma confirmação, pois de Maria Tereza, nós ( ela) decidiu pela surpresa. - Você quer saber, não quer? - Com uma vozinha dengosa, ela aproximou nossos narizes naquele jogo de beija não beija.
