Alexandre leva a vida como um típico "adolescente" de 30 anos, sem preocupações aparentes, até que uma única decisão enlaça seu destino àquela que será a maior roubada de sua vida, mas que poderá se tornar a mais bonita de todas.
História adaptada...
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Quem acha que viver com o amor da sua vida será um eterno 50 tons de cinza tá achando muito errado. O amor da minha vida é uma maluca viciada em trabalho e organização, com um humor quebrado e uma TPM que nem a fábrica da Lindt dá jeito.
Sem contar o quão galera ela é, fazendo marmanjo achar que pode ter intimidade. Sei que não é culpa dela, mas poxa, seja menos legal né?
Giovanna coordena o curso com um babaca que vive dando em cima dela. - Embora eu nunca tenha visto, porque ainda não tivemos nenhum encontro. - Sei disso pelo tom dos áudios que ele manda o dia todo quando ela está de home office, as piadinhas de duplo sentido, o apelido de quando eram mais jovens, tudo me irrita nesse cara. - Mas a doutora sorriso acha que é implicância sem fundamento. Veremos isso hoje a noite quando teremos nossa primeira social com a turma do trabalho dela.
A manhã começou naquela paz de espírito com uma discussão boba, o que levou Giovanna a sair sem nem olhar na minha cara, não responder minhas mensagens o dia todo e desligar o telefone quase na minha fuça quando o amiguinho dela a convocou.
Agora já são quase 18h e nada dela chegar. Será que tá tão brava que vai direto pro encontro sem mim? Ela não faria isso... faria?
Fui tirado da bolha de questionamentos quando ouvi o bater dos saltos atravessando a sala em direção a cozinha. Não fui até ela como em todas as noites. Prefiro dar espaço pra poder sentir o ambiente. Isso é a vida a dois. Um dia eu aprendo.
- Nero? - Escutei Giovanna gritar pela casa se direcionando ao nosso quarto onde eu lia alguns emails no notebook. - Amor, já tá pronto? - Ela aproximou me dando um selinho rápido, e na mesma velocidade afastou, já arrancando a roupa e indo para o banho. Não tive nem tempo de falar nada. Essa mulher é ligada na tomada!
Como eu já estava pronto desde às 17h e 1 minuto, fui pra varanda com um copo de whisky na mão pra esperar Antonelli se arrumar. Geralmente eu fico na cama fingindo não olhar, mas escaneando cada traço que ela faz no rosto, contudo, hoje eu precisava acalmar meus demônios e ela que já me conhece como ninguém, não estranhou quando saiu do banho e eu não estava lá.
- Vamos ficar nesse clima estranho até quando? - A loira encostou na porta de vidro me dando a visão do paraíso. Ela estava em um vestidinho preto que cobria até metade da coxa e um sapato de salto vinho no pé. A maquiagem era bem leve e os acessórios que ela costuma usar estavam mais discretos, o perfume dela me embriagou mais que as 2 doses do destilado caro. - Vou te perguntar novamente e não tem nada a ver com eu não querer você comigo, mas encontraremos a equipe que eu sou coordenadora, eu preciso estar inteira nesse momento e ver você chateado comigo me quebra em mil pedaços. Eu não fiz nada pra te deixar assim, amor!
