103 ANOS SEM ELA - R.H (G!P)

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POV S/N

Arrependimento. Essa é a palavra que não sai da minha cabeça. Será um martírio ficar tão perto de seres humanos; agora entendo a dificuldade que o filho de Carlisle tem com o sangue. Estacionei o carro, um novo que precisei comprar – não dava para andar por aí como se fosse a coisa mais normal do mundo nesse frio. Olhando para a entrada da escola, vejo uma mulher atrás de um balcão. Provavelmente a recepcionista. Ao me aproximar, sinto vários aromas ao meu redor, mas nada que realmente chame minha atenção.

— Bom dia, estou aqui para pegar meu horário de aulas — falei, anunciando minha presença. A mulher levantou os olhos do computador, me observando com uma expressão de confusão.

— Bom dia. Aluna nova? Espera, você é Isabella Swan? — perguntou com surpresa no rosto, fazendo-me franzir o cenho. Quem é essa Isabella?

— Não, meu nome é S/N Rodrigues. Fui transferida para esta instituição. O Sr. Ribeiro deve estar ciente, já que enviou a confirmação da minha matrícula para o e-mail do meu pai — expliquei, sentindo uma leve ansiedade ao pensar que poderia ser descoberta. Imaginei o diretor aparecendo com policiais para me prender.

— Desculpe, Senhorita Rodrigues. Foi um erro meu. O diretor avisou sobre sua chegada. Me desculpe mais uma vez. Gostaria de um café, chá ou água? Já vou buscar seus papéis, só um momento — respondeu rapidamente, claramente constrangida pelo engano, e levantou-se assim que recusei sua oferta de bebida. Após cerca de cinco minutos, ela voltou com os papéis e, para minha infelicidade, acompanhada do diretor.

— Senhorita Rodrigues, é um prazer conhecê-la pessoalmente. Espero que goste do nosso ensino e instalações. Se desejar, posso ser seu guia e mostrar a escola, além de levá-la para sua primeira aula, se estiver tudo bem — disse o diretor, visivelmente empolgado. Acredito que minha "doação" tenha sido muito bem recebida.

— Sim, claro! Também é um prazer conhecê-lo, senhor. Meu pai falou muito bem de você e da instituição — respondi com um sorriso forçado, já me resignando a acompanhar o diretor num tour pela escola. Felizmente, a escola é pequena.

— Vamos lá! — exclamou ele, passando por mim e sinalizando a direção a seguir.

Cinco minutos depois, já estava exausta de ouvir o diretor falar e mostrar cada canto da escola. Não estou acostumada a ficar tanto tempo perto de humanos. Não sinto sede por eles, mas é desconfortável e irritante ser o centro das atenções. Às vezes, é um verdadeiro saco ouvir tudo e todos ao redor. Parei quando o diretor parou em frente a uma sala. Ele entrou, e eu o segui.

— Professor Smith, com licença. Gostaria de apresentar a nossa nova aluna, Senhorita Rodrigues — anunciou o diretor, com um entusiasmo exagerado. Agora todos teriam mais um motivo para falar de mim.

— Ah, que maravilha! Seja bem-vinda à nossa escola. Espero que aproveite o ano letivo que teremos — disse o professor com um sorriso falso, olhando de mim para o diretor.

— Obrigada, professor Smith. Estou feliz em fazer parte da Forks High School — respondi, imitando o sorriso falso dele. Eu também sabia ser educada.

— Pode se sentar ao lado da Senhorita Stanley, por gentileza — indicou o professor, apontando a direção. Fiquei meio desorientada até que uma mão se levantou, identificando a tal Senhorita Stanley.

— Olá, prazer em conhecê-la. Meu nome é Jessica Stanley — disse a menina com entusiasmo, estendendo a mão, que apertei por educação. — Espero que goste de Forks! — finalizou com um sorriso em minha direção. Sentei-me ao lado dela e fingi prestar atenção na aula. Agradeci mentalmente quando a aula terminou; o Sr. Smith tinha a voz mais entediante que já ouvi. Assim que me levantei para sair da sala, Jessica me chamou.