11 - Il fidanzamento

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11 - O noivado

ANTONIO

Em meio a tantos rostos conhecidos, fico pensando quem seria o traidor. Meu pai não faria muito sentido, então foi o primeiro a quem descartei. Mas ele pode estar entregando informações a quem quer que seja, então prefiro não falar com ele sobre. Seu consigliere também acredito que não, o pai do Lorenzzo sempre se mostrou confiável e fiel ao meu pai. Olho para os guardas... poderia facilmente ser um deles. Carlos é um grande amigo também, e sempre teve muitas vantagens em nosso clã... mas não sei...

Enquanto analiso um por um para fazer meus apontamentos mentais, avisto minha querida noiva entrar no salão. Quando a vejo, quase me afogo com o meu próprio veneno e me perco sobre o que eu realmente estava pensando antes dela. A maldita está divina... para meu azar. Esse tom de rosa combina lindamente com a sua pele, mas esse decote. Ela está sensual... demais! Rapidamente o encantamento se desfaz, e uma onda de ira me atinge. Por que ela se produziu tanto? Quer me irritar? Levanto e vou ao seu encontro para lhe questionar... até que percebo que ela não está sozinha. Joana e Beth estão ao seu lado. Joana? Dio mio!

- Joana? O que faz com Valentina? — direciono a ela minha frustração.
- Olá para você também, meu querido amigo. — responde naturalmente a pequena, e vem ao meu encontro para um beijo de cumprimento — Conheci Valentina mais cedo, enquanto ela procurava por você.

Engulo em seco ao imaginar o que poderia ter acontecido caso ela não tivesse encontrado Joana antes. Ok, talvez tenha sido melhor assim.

- Entendi, mais tarde quero saber mais sobre esse encontro. — digo baixo apenas a ela, e a mesma sorri assentindo. Então sigo até a minha noiva — Não acha que está sensual demais? — digo ao seu ouvido enquanto a cumprimento.

Ela da um largo sorriso, como se tivesse conseguido o que procurava. Olha para si mesma com uma cara de inocente, e então direciona seu olhar para mim.

- Você achou, meu bem? Pensei que você iria amar. — ela responde alto, e as duas se viram para ver a nossa conversa.
- Está radiante, meu bem. — respondo com ironia, e ela percebe pelo olhar que a lanço. — Só acredito que um vestido preto combinaria melhor com a ocasião.
- Esse vestido é meu, Valentina esqueceu... — Joana começou a falar e quando eu a olhei incrédulo, se calou.
- Como assim? — E me viro a Valentina — E por que não falou comigo?
- E quem disse que eu te encontrava? — Valentina se altera, mas logo percebe e volta ao personagem. — Por sorte encontrei a Joana, querido.

Valentina levanta o queixo com tom de desafio, e eu não me curvo. Ficamos nos encarando em silêncio, como uma guerra fria prestes a explodir.

- Querido Antonio, o rosa pode se fazer condizente com a ocasião. — se antecipa Beth, afim de evitar um conflito pior. E então ela se vira para as garotas e começa um pequeno seminário sobre a máfia — Normalmente escolhemos o preto para demonstrar a seriedade do compromisso. Não apenas entre o casal, mas com toda a Famiglia. Mas o rosa pode simbolizar a sua pureza, e que está disposta a ser uma boa matriarca para todos nós em um futuro próximo. — Joana está com uma olhar de fascínio, já Valentina engoliu em seco ao ouvir a palavra "Matriarca" — Assim como as rosas que nos cercam. São brancas, douradas e vermelhas. Foram escolhidas assim, para simbolizar a pureza, a riqueza e o sangue.
- Sim, mas... — tento argumentar.

Para a sorte do evento, Lorenzzo aparece e me interrompe.

- Que perfeito encontrar os noivos juntos, venham para a vossa mesa. — então ele tentar nos guiar para a mesa — O evento já vai começar em instantes, e os convidados já estão se acomodando.
- Tá bem, tá bem. — Respondemos juntos.

Vou para próximo do meu amigo.

- Ainda falta chegar algumas pessoas importantes, por que isso? — indago.
- O seu pai não esta gostando nenhum pouco dessa agitação. — responde em tom de repreensão.
- Olha como fala com o seu futuro capo. — retruco.
- Vocês parecem crianças quando estão juntos, meu senhor. — fala Lorenzzo com um misto de ironia e repreensão.
- Eu vou enlouquecer. — respondo.
- Eu acredito. — concorda.

A DAMA DA MAFIAOnde histórias criam vida. Descubra agora