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margarida ferreira pov'

já bebi uma garrafa de vodka inteira, juntamente com antónio.
estou completamente bêbada. é incrível como apenas uma garrafa de vodka me deixa assim. deixa-me tão sem noção, que os meus lábio estão nos de antónio. e ele com a mão na minha anca e na minha nuca. a aprefundar o beijo.
paro o beijo, ofegante e ele soltou um risinho, encostando as nossas testas.

vamos nos lembrar amanhã? - digo.

espero que sim. - dou-lhe uma breve chapada no ombro. ele solta um risinho. beijei-o delicadamente.
ele mete a língua, que luta por espaço. para o beijo e mete-me no seu ombro. sobe as escadas comigo e abre um quarto. e despe-me rapidamente. fazendo o mesmo consigo mesmo. eu sorri. ele beija-me calorosamente, deitando-me na cama. ele beija-me em todas as rotações do seu rosto.
apalpando-me o rabo quando me beija. e entra rapidamente em mim. eu gemi. ele não força demasiado o meu braço, por tanto é uma coisa rápida. mas dá para matar o raio das saudades que tinha. mas nada muda o seu estúpido comportamento.

boa noite. - ele diz a olhar atentamente para mim.

boa noite. - digo seca.

um ano depois.

tudo entre mim e antónio, continua um grande mistério. não fala comigo desde aquela noite. que mal sabemos o que aconteceu. estou a tirar o gesso no hospital finalmente e o meu telemóvel toca. vou fazer uma sessão fotográfa para uma marca de lengerie. então esboço um sorriso no meu rosto. já consigo mover o braço com facilidade e estou ansiosa para voltar a treinar pelo benfica.
tenho a sessão daqui a duas horas, então passo por casa e o meu almoço é uma sanduíche com fiambre e queijo e uma fanta. visto-me rapidamente e vou direita á zona da sessão. entretanto não vos conto, mas começei a namorar com o edgar.
o pedido de namoro foi muito muito fofo, e não deu para não resistir. eu amo-o bastante. e o antónio, bem, já não importa o quer que seja que tenhamos.

antónio silva pov'

a guida está a namorar o egdar e está tudo uma bela merda. não toco em nenhuma mulher desde que lhe toquei naquela longa noite. que mal me recordo. suspirei fundo e vejo a notificação do meu telemóvel.
estou a ser convidado para ir tirar fotos de roupa interior. que merda. prefiro ficar em casa.

puto, também foste chamado para ser fotografado? - joão saí do corredor para a sala e fala comigo.
eu acenei com a cabeça.
não pareces contente. eu ouvi dizer que a guida também vai ser fotografada, mas enfim. - joão tentou convencer-me e conseguiu. viro o rosto para ele.

preciso de ir mais cedo, tenho um grande plano. - eu sorri. juntamente com joão. que decidiu ficar no benfica, mais duas época.

bora puto. tou á tua espera com o resto da malta, lá fora. - joão fecha a porta de minha casa. visto-me rapidamente. e meto um bom perfume. exagerando. ótimo. pego nas minhas coisas e entro no carro de joão. bato duas vezes na porta do carro e joão acelera. estão todos cá menos o casal maravilha (horroroso.)

qual é o teu grande plano? - joão desliga a música. eu solto um risinho.

vou pagar ao fotografo para criar duplas, e vou ficar com a guida. o resto não interessa. - todos acham boa ideia. são os meus maiores suportes. chegamos primeiro que eles. e eu falo com o fotografo. tudo o que planeei. ele recebe o dinheiro, concordando. cada um vai para o seu camarim e finge que nada aconteceu.
entretanto a guida chega de mãos dadas com edgar, cerro os maxilares e sigo o caminho com o samuel, prontos para sermos fotografados.
a guida separa-se do edgar e vai se preparar também.
e voltam em cinco minutos. a guida é a primeira a ser fotografada. tem um conjunto de lengerie vermelha, sutiã e cuecas. edgar és um sortudo.
olha para mim quando acaba de ser fotografada e eu olho para o chão, a sorrir. e olho novamente para ela. que está a sorrir para o edgar. que está ao meu lado. eu sou o próximo.
cruzo os braços e começo a ser fotografado. quando ele acaba de me fotografar, sento-me no sofá e o fotógrafo sabe o que fazer. olho para guida. e ela cora.

ora, pares. - pausa. margarida junte-se ao seu, porfavor. - todos riram-se porque já sabiam, retirando o edgar, coitado, chega a dar pena.
ela está vermelha como um pimentão. sente-se no seu parceiro. - bom som para os meus ouvidos. sorri minimamente. ela abre a boca.

desculpe? - ela diz a engolir em seco. adoro vê-la nervosa.

sente-se no seu parceiro, ou retiramos as fotos. - ameaçou ele. ela olha para mim com os maxilares cerrados. eu sorri.

posso falar com o meu parceiro, um minuto. - diz ela a forçar um sorriso. o fotógrafo acena com a cabeça e ela puxa-me por um braço. para o fundo da tela branca.
o que fizeste? - pergunta ela. eu sorri.

eu não fiz nada, guida. - menti.

conheço-te demasiado bem. - ela diz. eu reviro os olhos.

é só fazeres o que ele te disse para fazeres, e ficamos bem. - digo a tentar meter uma mecha de cabelo atrás da sua orelha. ela bate-me na mão. aliás, não é primeira vez que o fazes. - susurrei. e sinto os seus arrepios como se fossem meus. soltei um risinho.

pessoal, como é? - grita o fotógrafo. volto a olhar para a guida e vou voltar a sentar-me no sofá. ela está do meu lado esquerdo. toda vermelha. eu sorri. ela revira os olhos. e senta-se em mim. senti mesmo falta disto. senta-se de lado, apoiando os cotovelos no sofá. olhando para mim. mais toque, para parecer sensual. - guida faz o literalmente o emoji "😐". eu solto um risinho. e o meu dedo indicador sobe a perna hidratada e macia dela.
ela arrepia-se e não pode falar enquanto o fotógrafo está a tirar as nossas fotos. o que a chateou mais. estamos perto de nos beijar-mos mas não o fazemos, ela sai de cima de mim, e volta para o seu camarim, eu sigo-a. abrindo a porta. ela olha para mim.

quanto? - pergunta ela. ela têm razão, conhece-me demasiado bem.

isso não interessa. - aproximo-me dela e ela faz-me recuar. estou encostado á parede. com a mão dela no meus doces abdominais.

quanto? - pego-lhe ao colo, e meto-a em cima da mesa do camarim. e o resto é história.

sem fôlego - antónio silva.Onde histórias criam vida. Descubra agora