sem fôlego - antónio silva.

44.

margarida ferreira pov'

já saí de casa de antónio, depois do que aconteceu. foi tudo tão, tão. não vos sei explicar. mas eu sinto-me pessimamente mal por isso. já se passou uma semana depois desse acontecimento inesquecível. ele próprio é inesquecível. não contei ainda ao edgar, e talvez nem tenha coragem de lhe contar. volto á vida real. onde antónio está de olhos postos em mim, quando rodo o rosto para ele. engoli em seco e rodo o rosto para edgar. que não sabe dos cornos que lhe pôs. e sinto-me cada vez pior por tê-lo feito. vejo antónio a digitar algo por baixo da mesa. e sento-me ao colo da margarida. no café. ela envolve-me pela cintura e continua a falar com o resto do grupo. agarro no meu telemóvel e vou ao insta, e vejo os stories das pessoas. felizmente não tenho som no móvel. porque a mensagem que ele estava a escrever, era para mim.
ele não olha para mim para não dar nas vistas.

toni das babes.

já contaste ao edgar, guida?

ele pousa o telemóvel e fala com o resto do grupo. começo a digitar.
uma simples mas complicada palavra.

não.

enviei e ele olha para mim, depois de ler a mensagem. como sempre olhou. engoli em seco e saí do café.
edgar segue-me. envolvendo-me pela cintura.

— ei, estás bem? - pergunta ele.
estou tudo menos bem. sorri. e abano a cabeça. ele sorri. — não, não estás. o que se passou. - ele pergunta.
eu cruzo os braços.

— promete-me uma coisa. - digo a olhar sinceramente para ele. ele franze a testa. acenando com a cabeça. eu engoli em seco. — promete-me que não vais a correr e espancar alguém que está dentro do café. - digo. e não preciso de dizer mais nada. mais absolutamente nada. ele dá um trezentos e sessenta com as mãos na cara. e olha para mim com as mãos na anca. soltei uma lágrima. ele limpa os lábios com a língua.

— á quanto tempo? - ele cruza os braços. eu suspirei.

— edgar, não significou nada. por favor. - digo a chorar. ele suspira.

— á quanto tempo, margarida. - pergunta ele, num tom alto. não consigo não chorar, quando me aumentam o tom. estou a chorar tanto. está a acontecer tudo o que
eu não queria que acontecesse.

— uma semana. - pausa. — edgar! - grito enquanto ele corre até ao café. corro atrás dele. — edgar, porfavor. - digo a tentar puxa-lo mas é demasiado forte. ele abre a porta do café. — edgar! - grito quando o mesmo deu um soco no antónio. joão puxa o edgar para trás. agarrando-o pelos braços. carolina e samuel ajudam antónio no olho negro, que agora está a sangrar.

— seu cabrão. - ele diz num tom alto. soltou-se dos braços de joão e saiu do café. eu dirigo-me ao antónio. e olho para o seu olho.

— desculpa. - digo. o mesmo abraça-me. e todos sorriram. o casal está oficialmente de volta.

— está tudo bem. estou habituado deste o teu acidente. - ele beija-me a cabeça cuidadosamente. sorri, com a minha cabeça encostada ao seu peito. o abraço separa-se.
— margarida ferreira. estás oficialmente solteira. - este não perde tempo. por nada. sorri.

— sim, mas espera. preciso de tempo, não era bom aparecer a namorar, depois disto tudo. - pausa.
— mas sim. sabes que sim. - digo. e todos assubiam. sinto ainda uma grande pena por edgar. mas antónio sempre foi o homem que quiz na minha vida. bem, sempre não. mas basicamente sim.
o antónio têm mostrado que é aquela pessoa, aquela pessoa que aprende com os erros e nunca mais os volta a cometer.
a íris, está a aceitar a situação, sim, eu sei, está a parecer totalmente impossível, mas no fundo, ela é ligeiramente uma boa pessoa.
o edgar, arranjou uma namorada super gira, que o trata demasiado bem.
o joão, reparou finalmente na existência da margarida, e estão os dois a viver em frança, porque o joão sempre acabou por assinar o contrato. depois de ter ficado mais duas épocas.
o tomás, está super feliz com a constança, como sempre esteve.
o samuel, o samuel continua a admirar o principal casal. e encontrou a sua cara metade também. 
a carolina, a carolina, continua aquela amiga fantástica, que está sempre aqui para mim, assim como a constança e a margarida.
e eu, eu estou mais feliz do que nunca. pelo homem pela qual, me apaixonei perdidamente. antónio silva. o homem pela qual agora, sou casada, e estamos á espera de um menino.

esta é a minha história. com os seus altos e baixos. e eu tenho a certeza. se desse para voltar ao tempo e pudesse mudar algo. eu não o faria.
por nada. porque conhecê-lo, foi a melhor coisa da minha vida. e ver o quanto aquela mentira nos mudou, para pessoas mais maduras, com maturidade, também me trouxe bastante conforto. sei que vou seguir a estrada com a pessoa correta.
eu sei disso.

VITÓRIA VITÓRIA,
acabou-se a história. <3

obrigada por tudo meus amores, pelos votos, pelos comentários. por tudo mesmo. vocês são incríveis!
beijinhos da cata. 💘

(se caso queiram ler uma fanfic do rodrigo mora, estou a escreve-la, passm por lá se não se importarem.)

amovos <3