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sou a primeira a acordar e dou um jeito nas malas, para irmos até lisboa. alguém vai permanecer 2 horas calada. ou talvez não.
acho que vou no carro do joão para lisboa. estou cansada. não dormi nada de jeito. carolina, constança e margarida estão a acordar devagar.

andem lá, ajudem-me. - digo a prender o cabelo com uma mola. constança volta a deitar-se. carolina também. margarida prende o cabelo e ajuda-me, depois vêm as outras duas ao mesmo tempo, ajudar-me.

ja temos tudo arrumado, só não arrumamos os fits que vamos vestir.
vestimo-nos e descemos as escadas.
a mala da margarida desistiu e desceu as escadas todas sozinha.
caguei-me de rir. o chão estava me a chamar, a mim, á constança e à carolina. joão e tomás riram-se também.

— pessoas não têm graça, ganhou asas, está assombrada. - diz ela. ainda nos faz rir mais. entretanto antónio chega com uns calções bejes, não justos e uma camisa branca. sim, eles dormiram no nosso hotel, porque só tinham direito ao hotel de euaipa durante o jogo. não de noite.
e não consigo parar de rir.

— o que se passou? - pergunta ele. eu não consigo responder de tanto rir.

— a margarida assombrou a própria mala. - diz a constança com dificuldade. joão riu-se. e ajudou a levantar a mala da margarida e deu-lhe. entretanto íris saiu do quarto do antónio. ah sim, consegui parar de me rir.

— o que é que ela faz aqui? esta nojenta. - digo. e antónio olha para íris. ela sorri. para evitar conflito, antónio agarra pelo braço de iris, com a sua mão livre, quando no outro braço leva a sua mala. tento não me enervar. coloquei as malas no carro do joão. antónio foi com o samuel, tomás, egdar e aquela vaca da íris. e o joão foi comigo á frente e constança, margarida e com a carolina. mais 3 horas de viagem foram feitas. estacionamos todos na casa de joão. moravamos todos perto dele. então todos fomos para a nossa casa, pousar as coisas e vestir outra coisa para passar a noite na maior casa do grupo, a de joão.

sou a primeira a bater á porta.

— sobre ontem. - diz joão enquanto eu entro.

— vamos fingir que nada aconteceu. - digo, antes de ele continuar. ele acenou com a cabeça. depois entraram todos, faltava íris.
falta não fazia nenhuma. mas acho que para o antónio, agora ela é do grupo. estamos todos a almoçar.
eu acabo primeiro que todos então fico em pé no canto da mesa a falar com as meninas. antónio não me diz uma palavra. criança autêntica.
alguém toca á campainha e joão vai abrir. não consigo ver quem é, mas torço para não ser quem eu menos quero que seja. é mesmo ela. está a entrar. olho para ela, mordendo a língua e a tentar mesmo não perder a cabeça, mas não consigo. caminho rapidamente até ela.

— sua cabra, como é que tens a lata de aparecer aqui depois de me roubar o namorado, sua vaca. - pelo caminho agarro no copo de água do antónio, derrubei-o nela. as meninas estão a sorrir para mim.

— lamento informar mas ele é que me levou para a cama. - diz ela. eu abro a boca.

quase saltei para cima dela, antónio agarrou-me pelos braços.

— filha de uma grande puta, nojenta, estúpida de merda. larga-me! - grito. mas antónio não me larga.

— margarida, controla-te. - antónio diz. eu soltei-me de seus braços. e olhei para ele.

— vai te fuder. - digo e depois vou direita á porta da saída da casa de joão, abro-a, saio e fecho-a bruscamente.

vou direita á minha casa e começo a arrumar as minhas coisas. á força, estou enervada. aquela miúda veio para me Infernizar a vida, pelos vistos. e eu não posso deixar que isto aconteça. grito. ligo a coluna e tento me distrair enquanto arrumo as minhas coisas. quando acabo, estou toda suada, dispo-me e entro na banheira, depois fico com cuecas de renda branca e um top preto. prendo o cabelo com uma mola e suspirei fundo. desligo a coluna e vou ver um filme. quando oiço a campainha.
vou até lá, são as meninas. abro a porta, elas entram e perguntam como estou.

sem fôlego - antónio silva.Onde histórias criam vida. Descubra agora