sem fôlego - antónio silva.

2.

chegamos a casa todos suados, do calor que tinhamos apanhado na praia.
todos estavam a tomar banho menos eu, antónio e joão. não eram suficientes as casas de banho.
ficamos a fazer uma salada rápida para o almoço.

— o que vamos colocar mais? - disse joão com outra saladeira na mão. com todos os ingredientes que já tinhamos.

— cebola, tomate, atum, camarão..- disse a olhar para a salada.

— pepino! - disse joão a descascar.

— quando queres és útil, vês. - sorri.
e o mesmo deu me um estalo soft na nuca fazendo me bater nele também. no braço.

— descasca mazé isso. - disse antónio, sem camisola ao lado de joão. liguei a coluna do samu e antónio roubou-me o telemóvel. para colocar 'citadelle - merville'.
revirei os olhos, tomás já tinha saido do banho. então fui eu a seguir.
tomei um banho que bem precisava.
tirei todo o suor que tinha, e depois do banho coloquei desodorizante e perfume. 2 kilos, sempre.
tirei o excesso da água do cabelo e voltei a descer as escadas. estava lá constança, joão acabara de subir e antónio também já tinha saído do banho, passou agora com a toalha na cintura, dirigindo-se até ao quarto.
as saladas estavam prontas.
todos tiramos para o nosso prato.
comemos enquanto conversavamos.
senti um pé a fazer me cócegas no meu. era o de antónio. afastei o pé sorrindo, vi-o a sorrir também.

— deviamos exprimentar as discotecas de cá, devem ser bacanas. - comentei enquanto levava a salada á boca.

— ela têm razão. deviamos exprimentar. pesquisa aí. - disse joão para antónio.
antónio arqueou as sobrancelhas.

— há uma hoje á noite. às 22h00. temos de colocar no gps porque eu não sei onde é que isto fica exatamente. mas é cá. - disse antónio a mostrar-me o telemóvel.

— okay, espero que tenham roupas decentes para uma discoteca. - sorri.

— porque não teriamos? - samu disse.

— não sei. podiam não contar com a situação. - levantei-me da mesa.

— mas é claro que contavamos. - tomás disse.

— ótimo. - sorri a subir as escadas com a constança e com a carolina.

— eu vi os risinhos. entre ti e o antónio. - carolina disse mega feliz.

— não foi nada. ele só tocou no meu pé sem querer. - disse eu.

— e nós nascemos ontem. - constança sentou-se na minha cama.

— podem parar? não existe nada. nada. - disse eu a ver os vestidos que tinha.

— eu acho que vou levar o da tigreza. - carolina disse.

— eu levo um dourado. - constança disse.

— então eu levo um prateado. - pendurei o vestido no armário e sentei-me na cama com elas.

— vamos ver um filme. já viram a tv da sala? é gigante. temos netflix, prime video, disney plus. temos tudo. - disse carolina.

— é uma ótima ideia. mas daqui a bocado vou correr. estou só a fazer digestão para não me vomitar toda no meio da corrida. - disse.

— você é aborrecida. melhore. - constança disse num tom brasileiro.

soltei uma pequena gargalhada.
enquanto isso estou sozinha no quarto. e elas a verem um filme.
desci para ver um bocado do filme.
sentei-me entre tomás e antónio.
joão assobiou a perguntar se queria pipocas. eu recusei.