13.

490 31 5
                                    

margarida ia ficar comigo o resto da tarde. paramos á frente da casa de antónio. não estacionei apenas parei no meio da estrada para que ele podesse sair. mas o mesmo não o fez.

tás á espera do que para sair? - disse a voltar o meu olhar para o rosto para ele. ele olhou para mim.

estou à espera que fales comigo. - disse ele no mesmo tom. voltei a cara para a estrada. engoli em seco e suspirei fundo. voltei a ligar o carro e conduzi até á casa de margarida. ela sabia que a vinha buscar quando acabasse de falar com ele. apenas com o olhar. estacionei á frente da minha casa. o mesmo saiu comigo diretamente para a porta da minha casa.

nem penses que entras. vá fala. - encostei-me á beira da porta. o mesmo cruzou os braços.

tu disseste que podias fuder quem quisermos e depois ficas assim. não dá margarida. - disse ele num tom alto.

sim. eu disse. e não estou com ciúmes, apenas estou desiludida por não me teres dito absolutamente nada. - suspirei eu. ele olhou para mim.

desculpa, eu devia ter dito. - deu um passo em frente.

não. - disse e o mesmo parou de dar passos em minha direção.

desculpa. - susurrou ele, fazendo-me arrepiar a espinha inteira. ele recuoo, a casa dele não era muito longe da minha então foi a pé. eu voltei a entrar no meu carro e fui ter com margarida. apitei para ela descer. ela abriu a janela.

já?? - gritou ela. eu acenei com a cabeça rindo-me. ela revirou os olhos e desceu as escadas, abriu e voltou a fechar a porta. entrando no meu carro.

o que ele disse? - perguntou ela a colocar o cinto.

<<desculpa, eu devia ter-te dito>> ele tentou resolver com sexo. mas eu recuei. - rodei o volante na rotunda.
fui em direção da casa de constança que também entrou no carro.
vamos fazer compras de roupa para levar para alemanha. começamos pela zara, trago dois sacos. a margarida um e constança não trouxe nenhum. depois fomos a stradi e constança veio cheia de sacos. depois fomos à pull & bear, todas compramos uma peça de roupa lá. descemos as escadas rolantes do centro e fomos em direção ao meu carro. colocamos os sacos separados, fechei a mala do carro e elas já lá estavam dentro.

margarida não deixes a constança colocar música. é péssima! - disse a dirigir-me á porta da frente do carro. abrindo-a. sentei-me. e olhei para o rádio. a constança conseguiu primeiro que margarida. coloquei as mãos na cara.
o instrumental da musica pedrinha –  danni gato começou a tocar. sorri para constança enquanto colocava o cinto. saindo então do estacionamento do centro.

Odjam na rabulera
Mi ku Danni Gato
Son ti manxe, raio é so brabo
Vado sta dodo, baby gosta xipa
É bem ku um amiga tuguinha e mulata
Guetto ou cidade
Porto ou Algarve
Olé mundo sabe é xaguada
Ala ke Cardoso entra pa rabenta
Safoda inveja, safoda azar
Dama ku mania, nka ta da confiança
Bem ku papo frado, tamos a deixar
Life é locura
N' usa doçura
Bu kre audiência pa life se ba
Keli é MKA, bu kre audiência pa life se ba
Kele é MKA, bu kre audiência pa life se ba. - margarida cantou ainda com as juliettes.

Oito da matina
Nu ka ta cansa fuma, no no
Balon ku xixa
Hoje é pa nu abusa nu bai
Nu gosta xipa
Su ka ta aguenta ko mete ku nós no
Dento sabura, polícia ka txiga
Nka basa cedo, no no
Poi um pedrinha
Poi um pedrinha
Poi um pedrinha
Poi um pedrinha
Poi um pedrinha
Poi um pedrinha
Poi um pedrinha
Poi um pedrinha. - eu cantei a mexer o corpo na batida da música mas atenta na estrada.

sem fôlego - antónio silva.Onde histórias criam vida. Descubra agora