28.

412 28 19
                                    

agarra-me pelas coxas e empurra-me até á porta mais próxima. bato de costas nela, deixando escapar um pequeno gemido. antónio sorri e ataca novamente a minha boca. envolvi as minhas pernas em sua cintura. e agarro na sua nuca enquanto me beija. está a prestes a beijar-me os mamilos. mas ainda não chegou lá. porque alguém me toca á porta. sai do colo de antónio. ele entra no meu quarto. e eu visto uma parte de baixo, porque estou sem. a pessoa volta a tocar. várias vezes. eu abro a porta. e vejo um rostos inesperado. o que é que o joão está aqui a fazer?

olá. - joão diz. eu arqueei as sobrancelhas. estamos tão fudidos se deixar o joão entrar. engoli em seco.

olá, o que fazes aqui? - digo a encostar a porta. joão riu-se.
liga o ecrã do telemóvel e mostra fotos nossas, de mãos dadas, no colombo.

ele está aí? - joão guarda o telemóvel no bolso. e olha para mim. com os braços cruzados. eu suspirei.

não sei do que falas. - digo a fechar a porta. joão passa por mim, abre a porta e sobe as escadas. eu sigo-o e rezo para que antónio tenha saltado da janela fora. mas não o fez. está deitado na minha cama sem camisola, com uns calções pretos e mexer no telemóvel. quando olha para nós, abre a boca. percebeu que fez merda. aliás, fizemos.
joão olha para nós e abana a cabeça.

tu não tens moral, porra. - gritei com joão. ele arqueou as sobrancelhas.
pensas que não sei que andas a fuder a margarida, ah sim. - joão corou. parece querer-se enterrar e nunca mais aparecer. eu sorri a cruzar os braços.
se nem a própria pessoa, que dita as regras, as cumpre, quem é que as vai comprir? ham? - digo. antónio sorri ainda na cama. eu sorri de volta. joão permanece calado.
se calhar, acabavas com isto. - digo. e o mesmo saiu de minha casa.
oiço o bater da porta. e volto o rosto para antónio.

se calhar vinhas. - diz ele a pousar o telemóvel no armário. eu ri-me. e sentei-me nele. ele pousa as suas mãos nas minhas coxas. beijei-o delicadamente enquanto mantinha a mão no seu maxilar. ele estica as minhas coxas estou deitada na cama com em cima de mim, não todo, fazia força para não levar com todo o peso de seu corpo. beija-me o lábio superior e morde o inferior. desce o seu rosto, o seu nariz em contacto com a minha pele, desce até ao meu pescoço. mordiscando e beijando-me. inclinei o pescoço enquanto o fazia. ele volta para cima e beija-me, de uma forma, totalmente boa. tirou-me o resto de fôlego que tinha. tira-me o top, estou sem sutiã. o mesmo sorri, e passa o seu lábio entre os meus peitos.
volta para cima, metendo-me uma mexa de cabelo atrás da orelha.
eu olho para ele e ele olha para mim.
ele aproximou a sua boca ao meu ouvido. quando sinto o seu lábio inferior a entrar em contacto com o meu lóbulo, estremeci.

acho que o joão gosta um bocado de ti. - susurra. eu arqueei as sobrancelhas. provavelmente sou a primeira na sua lista negra. não sei donde ele retirou isto. engoli em seco.

porque é que achas? - pergunto e ele morde-me o lóbulo. eu gemi.

porquê é que não reclama da constança e do tomás? porquê? - susurrou ele. as peças que não fazem sentido absolutamente nenhum, agora estão a querer montar-se. não faz completamente sentido nenhum.

onde foste buscar essas peças do puzzle? - ri-me eu. antónio morde-me o pescoço com força. grito. antónio ciumento. a encontrar ciúmes onde não existem.

eu sei coisas. - antónio beija-me outra vez e outra vez.

estás a delirar. - digo enquanto ele me tira os calções juntamente com as cuecas. atirou tudo para bem longe de nós. estamos nus. completamente nus.

tu gostas dele? - ele diz baixo. eu ri-me.

deveria? - digo. antónio revira os olhos. e entra em mim bruscamente. fazendo a minha alma sair do meu corpo por um segundo. meu deus do céu. ele concentra-se nas minhas expressões faciais. começo a achar, que seria um namorado tóxico. têm as suas mãos na minha anca enquanto encaixa e desencaixa os nossos corpos. tenho os olhos fechados, está a doer como nunca. provavelmente descontrolado por causa de ciúmes.

ele é giro? - pergunta ele. eu gemi quando entra em mim profundamente. fazendo-me abrir os olhos. ele olha para mim. suga a minha alma inteira com aquele olhar. eu engoli em seco.

porque perguntas? - os movimentos aumentam bruscamente, rápidos e profundos. eu grito. isso faz antónio sorrir malicioso. não, não é antónio, abranda. - digo e o mesmo obedeceu.
eu suspirei fundo. os movimentos voltaram ao normal. nunca vi antónio assim. nunca mesmo.

ótimo. - susurrou ele. já não consigo sentir as pernas, então coloquei uma mão no seu abdómen.
queres que pare? - disse ele ofegante. eu acenei com a cabeça. eu levanto-me e visto-me. e coloco as mãos á cabeça. sentando-me na ponta da minha cama. sinto um beijinho no meu ombro. e suspirei fundo.

o que te deu? - digo a virar-me para ele.

ele gosta de ti. ao mesmo tempo que eu. porque é que achas que te está sempre a assediar verbalmente?  - antónio encosta-se na cama. eu olho para ele. impressionante.

a sério? - eu ri-me. ele revirou os olhos.

não têm piada. - diz ele.

não estou a perceber. porque é que nunca me disseste? - digo eu. antónio veste as partes debaixo. e vem para a minha frente.

não sei. houve uma fase em que, porra, ele era obcecado por ti. e foi daí que surgiu a minha meia panca por ti. mas não podiamos. então ambos ficamos pelos segredos. - diz ele. eu sorri, a beijá-lo. 

não me disseste, porque podia acabar por escolhê-lo. - digo eu. conheço-o mais do que toda a gente junta. ele suspira fundo dando uma volta ao quarto. tão previsível.
antónio, diz-me a verdade. sem mentiras. lembras-te? - digo eu a levantar-me da cama.

sim, não te contei. porque muito provavelmente ias escolhê-lo a ele. mas, merda margarida. eu não conseguiria suportar isso. - diz ele com as mãos apoiadas na secretária.
eu entro na zona entre ele e a secretária. e olho para ele. e ele finalmente olha para mim.

eu vou sempre. escolher-te. - digo eu. e o mesmo beijou-me. eu sorri depois de o fazer.
eu amo-te. - dito isto, antónio sorri. e beija-me novamente.

eu amo-te, guida. - diz ele. eu sorri ainda mais.
passamos a tarde toda a cozinhar.
amanhã vou estar presente no jogo dele. trato de convidar o resto da malta, não vou voltar a encarar joão da mesma forma. não vou conseguir.
mas vou tentar disfarçar.
sim, é isso que vou fazer.

sem fôlego - antónio silva.Onde histórias criam vida. Descubra agora