🦇 𝕮ᥲ⍴í𝗍ᥙᥣ᥆ 𝖁іᥒ𝗍ᥱ ᥱ ᥙm

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— 𝐅OI bom enquanto durou

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— 𝐅OI bom enquanto durou.

Murmurei como um pedido de desculpas para o quadro da caça à raposa pendurado no meu quarto.

Eu me sentia um pouco mal por substituí-lo por uma obra minha. O quadro não tinha culpa de ser horroroso; alguém, em algum lugar, havia se esforçado muito para pintá-lo. E parecia muito antigo, o que me fazia indagar se aquilo fora o que Jungkook quis dizer com “relíquias”.

De qualquer maneira, aquele quarto passou a ser meu, e eu ia acabar tendo pesadelos com o quadro.

 Eu o tirei do lugar com cuidado. Devia ter passado anos pendurado lá, porque a tinta da parede no ponto onde estava era meio tom mais escura que o creme opaco do restante do cômodo.

Peguei a primeira das três telas pequenas que eu estava prestes a pendurar no lugar, sorrindo ao recordar como a semana em que as havia produzido tinha sido divertida.

Estávamos de férias em Saugatuck, e Bam me provocou por passar a maior parte do tempo procurando lixo na praia. Ele nunca entenderia como eu me sentia ao pegar o que outras pessoas descartavam e transformar em uma obra de arte que perduraria por muito mais tempo que todos nós.

Eu podia não ser uma advogada importante, como ele, mas através da minha arte eu comunicava alguma coisa. E deixava minha marca no mundo.

 Peguei o martelo e levei a cadeira antiga da escrivaninha — que devia ser pelo menos tão velha quanto a cidade de Chicago — até onde pretendia pendurar a série de quadros. Subi nela e comecei a afixar um prego na parede.

Depois de algumas marteladas fortes, congelei, só então me dando conta do que estava fazendo.

Eram cinco horas.

Eu ainda estava um pouco confusa em relação aos horários de Jungkook. Será que ele ainda estava dormindo? Se estivesse, marteladas na parede provavelmente iam acordá-lo.

 Se acordassem, Jungkook provavelmente sairia do quarto e viria me passar um sermão.

Eu achava que ainda não estava pronta para revê-lo. Com cuidado, apoiei o martelo no chão, torcendo para que Jungkook não tivesse ouvido.

Alguns minutos depois, no entanto, a porta do quarto se entreabriu.

Merda.

Merda

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