🦇 𝕮ᥲ⍴í𝗍ᥙᥣ᥆ 𝖁іᥒ𝗍ᥱ ᥱ ᥴіᥒᥴ᥆

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Eu já tinha andado meio quarteirão a caminho da estação para ir para o trabalho na biblioteca quando me dei conta de que havia esquecido meu canho da estação para ir para o trabalho na biblioteca quando me dei conta de que havia esquecido meu cade...

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Eu já tinha andado meio quarteirão a caminho da estação para ir para o trabalho na biblioteca quando me dei conta de que havia esquecido meu canho da estação para ir para o trabalho na biblioteca quando me dei conta de que havia esquecido meu caderno de esboços.

Olhei para o celular. Era noite de artes na biblioteca, e as crianças começariam a chegar em quarenta e cinco minutos.

Eu não conseguia desenhar quando a biblioteca estava cheia de crianças armadas com pincéis, mas naquele horário em geral havia lugar para sentar no metrô, e eu podia fazer alguma coisa no caminho.

Estava começando a pensar no que produziria para a exposição. A conversa com Jungkook sobre minha arte na outra noite havia resultado no princípio de uma ideia: eu pintaria cenas pastorais tradicionais - um campo de margaridas, talvez uma lagoa - e as subverteria com algo totalmente antipastoral, como filme de PVC ou canudinhos.

Eu ainda estava na fase inicial do processo, e precisava pensar um pouco mais antes de começar a pintar. Mas andava levando meu caderno comigo aonde quer que fosse, caso coincidisse de estar inspirada e ter alguns minutos livres.

Eram pouco mais de seis. Seria apertado, mas eu podia voltar correndo para casa, pegar meu caderno e chegar na biblioteca a tempo. Grace provavelmente ficaria um pouco irritada comigo, mas eu ia conseguir.

Subi a escada que levava ao apartamento dois degraus por vez, sem me preocupar de estar fazendo barulho. Eu não sabia se Jungkook estava em casa, mas àquela hora ele pelo menos já estaria acordado, então eu não precisava me preocupar.

Meu caderno estava onde eu havia deixado: na mesa da cozinha, ao lado do bilhete que tinha escrito para Jungkook de manhã.

🧛🏻‍♀️

Oi, Jungkook! Vou passar bastante tempo fora de casa nos próximos dias. Hoje trabalho até tarde e amanhã vou jantar no Bam. Você pode tirar o lixo por mim esta semana? Obrigada! Prometo que semana que vem eu tiro.

Lisa.

🧛🏻‍♀️

Ao fim do bilhete, eu havia desenhado um homenzinho segurando uma lata de lixo acima da própria cabeça com um sorriso no rosto. Jungkook tinha dito que gostava dos meus desenhos, e seus elogios - sempre em uma linguagem bastante formal, mas aparentemente genuínos - me causavam um friozinho na barriga.

Ao pegar o caderno na mesa da cozinha, notei que Jungkook havia me respondido.

🧛🏻‍♀️

Cara lisa,

Sim, posso tirar a lata de lixo. Não é problema algum, e não há necessidade de sentir que precisa compensar isso.

Também gostaria de dizer que achei o desenho muito legal ( t̶o̶d̶o̶s̶ o̶s̶ s̶e̶u̶s̶ d̶e̶s̶e̶n̶h̶o̶s̶ s̶ã̶o̶ l̶e̶g̶a̶i̶s̶, t̶u̶d̶o̶ e̶m̶ v̶o̶c̶ê̶ é̶ l̶e̶g̶a̶l̶), mas quem é o homenzinho? Tenho certeza de que nunca abri um sorriso daqueles.

Com carinho,
JKJF.

🧛🏻‍♀️

Ele havia acrescentado um desenho ao bilhete, de um homenzinho com a testa exageradamente franzida, quase do tamanho da própria cabeça inteira. Tive que rir.

Era um desenho tão bobo.

E Jungkook provavelmente era o mais distante de "bobo" que uma pessoa podia ser.

Ou era o que eu imaginava, pelo menos.

Fora que... "Com carinho, JKJF"?

Com carinho.

Aquilo era novidade.

Não me permiti pensar no que poderia significar. Ao mesmo tempo, não consegui conter um sorriso.

Eu ainda estava sorrindo quando abri a geladeira para pegar uma maçã antes de ir para a biblioteca. Assim que vi o que tinha lá dentro, porém, minha expressão congelou.

Meu corpo todo congelou.

O tempo parou.

Depois do que talvez tenham sido muitos minutos de entorpecimento diante do conteúdo da geladeira, comecei a gritar.

Deixei o caderno cair no chão. Continuei olhando para a geladeira, minha mente girando enquanto eu tentava dar sentido ao que via.

 Continuei olhando para a geladeira, minha mente girando enquanto eu tentava dar sentido ao que via

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