🦇 𝕮ᥲ⍴í𝗍ᥙᥣ᥆ 𝕮іᥒᥴ᥆

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Tentei me concentrar nos aspectos mais excêntricos da roupa dele — a espécie de lenço azul de babados que usava amarrado no pescoço, os sapatos brogue lustrosos —, mas não adiantou

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Tentei me concentrar nos aspectos mais excêntricos da roupa dele — a espécie de lenço azul de babados que usava amarrado no pescoço, os sapatos brogue lustrosos —, mas não adiantou. Mesmo com aqueles acessórios incomuns, ele continuava sendo o homem mais bonito que eu já tinha visto.

Enquanto eu estava ali gritando comigo mesma para não ficar secando o cara, mas sem conseguir me convencer, Jungkook me olhava com uma expressão intrigada. Eu não tinha certeza do que exatamente o intrigava. Ele devia saber que era muito gato. Devia estar acostumado com aquele tipo de reação dos outros. Provavelmente precisava de uma vara para afastar os tarados sempre que saía de casa.

— Srta. Greenberg?

Jungkook  inclinou a cabeça de lado, imagino que esperando que eu formasse uma frase completa. Como isso não aconteceu, ele saiu para o corredor — talvez para ver de perto a esquisitona que havia acabado de aparecer à sua porta.

Mas seus olhos não estavam mais em mim. Estavam no chão, fixos no capacho cafona aos meus pés.

Ele olhou feio para aquela coisa horrorosa, como se o ofendesse pessoalmente.

— Jimin  — murmurou Jungkook, baixo, então se ajoelhou e pegou o capacho. Juro que não olhei para a bunda perfeita dele nesse momento. — Ele se acha tão engraçado. —

Antes que eu pudesse perguntar quem era Reginald ou do que ele estava falando, Jungkook voltou a se concentrar em mim. Devo ter parecido totalmente fora de órbita, porque a expressão dele se abrandou na mesma hora.

— Está tudo bem, srta. Greenberg? — A voz profunda dele transmitia uma preocupação genuína.

Com dificuldade, consegui tirar os olhos do rosto perfeito dele e voltá-los para meus sapatos. Estremeci diante da visão do meu All Star surrado e com respingos de tinta. Estava tão impactada que tinha esquecido completamente que havia aparecido coberta de tinta e usando minhas piores roupas.

— Tudo bem — menti, e endireitei o corpo. — Eu só, é.. Só estou um pouco cansada.

— Ah. — Ele assentiu, compreensivo. — Entendo. Bem, srta. Greenberg… continua interessada em visitar o apartamento esta noite para saber se atende a suas necessidades? Ou prefere remarcar, dada sua fadiga atual e seu ...

Ele deixou a frase no ar enquanto os olhos me percorriam lentamente, absorvendo minha roupa como um todo.

Fiquei vermelha de constrangimento. Tá, beleza, claramente meu look não estava à altura daquele prédio. Mas ele podia deixar passar, né?

De certa maneira, no entanto, fiquei grata. Frederick podia ser o homem mais bonito que eu já tinha visto, mas gente que julgava as pessoas pela aparência e agia de forma esnobe em relação a isso me tirava do sério. A reação dele à minha roupa me ajudou a sair do estado ridículo em que eu me encontrava e voltar à realidade.

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