🦇 𝕮ᥲ⍴í𝗍ᥙᥣ᥆ 𝕮іᥒ𝗊ᥙᥱᥒ𝗍ᥲ ᥱ ᥒ᥆᥎ᥱ

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Quando voltei para o apartamento, o sol já estava quase se pondo

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Quando voltei para o apartamento, o sol já estava quase se pondo. Subi as escadas dois degraus por vez, sorrindo enquanto pensava em me jogar nos braços de Jungkook e
continuar de onde havíamos parado aquela
manhã.

Assim que cheguei ao terceiro andar, no entanto, percebi que tinha algo muito errado.
Em primeiro lugar, porque Jungkook gritava no apartamento.

— Como ousa vir à minha casa sem aviso e se comportar assim?

 Em segundo, porque uma mulher cuja voz não reconheci gritava também.

 — Como ousa me perguntar como ouso? — zombou ela. O barulho agudo produzido por seus saltos altos ecoava pelo piso de madeira de tal maneira que eu conseguia ouvi-lo de onde estava. — Achei que tivesse melhores modos, Jungkook John Fitzwilliam!

Hesitei à porta, em dúvida sobre o que fazer. A única outra pessoa que eu tinha visto no apartamento desde que havia me mudado era Jimin, outro vampiro. E a coisa havia terminado mal.

 Pelo que eu ouvia, outro desastre estava prestes a acontecer. Mas o que eu podia fazer? Aquela discussão, por mais amarga que soasse, não tinha nada a ver comigo. E até mesmo ouvir o que eu tinha ouvido sem querer já parecia uma intrusão.

 — Lisa vai chegar logo mais — disse  Jungkook. — Preciso que vá embora antes que ela chegue, por favor. Não quero mais discutir esse assunto.

— Não — replicou a mulher apenas. — Pretendo conhecer essa humana a quem você se apegou tanto.

Jungkook soltou uma risada sem nenhum humor.

— Só por cima do meu cadáver.

— Isso pode ser providenciado facilmente.

— Edwina.

 — Não há necessidade de ser grosseiro comigo, Jungkook. — A mulher voltou a andar, seus saltos produzindo um barulho tão alto no piso de madeira que parecia que estava determinada a abrir um buraco no teto do apartamento do andar de baixo. — Se não consigo trazê-lo de volta à razão, talvez essa Lalisa Greenberg seja mais flexível.

Ao ouvir meu nome, meu coração martelou tão alto nos meus ouvidos que sufocou o que quer que Kuhn e a mulher gritando com ele diziam. No fim das contas, parecia que aquilo tinha, sim, a ver comigo.

Talvez eu devesse intervir.
Antes que pudesse me convencer do contrário, abri a porta do apartamento.

A mulher na sala parecia ter mais ou menos a idade dos meus pais, com pés de galinha nos cantos dos olhos e o cabelo grisalho nas têmporas. No entanto, as semelhanças entre a mulher que me olhava feio e Ben e Rae Greenberg terminavam ali. Ela usava um vestido preto de seda e cetim, com mangas bufantes de veludo, em um estilo misto e vagamente histórico que ficaria perfeito no set de filmagem de Bridgerton.

O que realmente chamou minha atenção, no entanto, foram seus olhos. A última vez que eu vira uma maquiagem tão dramática fora quando estava no ensino fundamental e o irmão mais velho de Sam nos arrastara para ver uma banda cover do KISS quando os pais deles estavam viajando. A daquela mulher contrastava tão fortemente com sua palidez geral que chegava a fazer meus olhos doerem.

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