🦇 𝕮ᥲ⍴í𝗍ᥙᥣ᥆ 𝕾ᥱsᥱᥒ𝗍ᥲ ᥱ ᥴіᥒᥴ᥆

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— Não vai funcionar

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— Não vai funcionar.

— Vai, sim.

Fiquei olhando para Jimin enquanto o vídeo péssimo que ele havia gravado, no qual eu expunha toda a vampiridade, passava no meu laptop.

— Fomos convincentes?

Jimin franziu a testa e fez sinal de mais ou menos com a mão.

— Sim? Talvez? É difícil dizer. De qualquer maneira, não vamos gravar de novo, agora que mandamos pra sra. Fitzwilliam.

Suspirei e enterrei o rosto nas mãos.

Humanos da América do Norte — clamava minha versão em vídeo com uma falsa coragem, a cabeça de lobo empalhada de Jungkook pairando acima de mim, com seus olhos vermelhos. (“Comprei pra ele na Disney”, havia explicado Jimin. “Mas falei que havia cortado a cabeça de um lobisomem, pra parecer durão.”) — Trago notícias de suma importância.

Minha versão em vídeo segurava duas bolsas de sangue que havia pegado da geladeirinha que Jungkook tinha no quarto, uma em cada mão. Aquilo me fez lembrar de como eu tinha ficado horrorizada ao ver as bolsas de sangue na cozinha. Agora não me incomodava mais tanto.

Jungkook vinha mantendo sua promessa de nunca se alimentar na minha presença ou guardar sangue em um lugar onde eu pudesse encontrar.Estava claro para mim que ele havia escolhido sobreviver da maneira mais humana possível.

Eu tinha evitado transmitir quaisquer sentimentos ternos no vídeo. Pelo menos aquilo acabou dando certo. Em geral, eu era péssima no blefe.

A recente onda de invasões a bancos de sangue é fruto do trabalho dos vampiros que vivem entre nós. Eis a prova! — dizia minha versão em vídeo, brandindo as bolsas de sangue. Depois, apontava para a “cabeça de lobisomem” sobre mim. — Eles cortam a cabeça de lobisomens por esporte! Bebem o sangue de nossas crianças! E moram bem aqui, em Chicago. Em Nova York. Em toda parte! Nenhum canto da Terra estará seguro enquanto vagarem livres.

— Você foi ótima — comentou Jimin.

— Mentira — repliquei.

— Talvez — admitiu ele.

Então a versão em vídeo de Jimin entrou em cena.

— Uahahaha! — exclamou ele, com as presas visíveis, os olhos arregalados. — Vim beber seu sangue! — prosseguiu Jimin, com o sotaque da Transilvânia mais falso que eu já tinha ouvido.

A versão em vídeo de Jimin pegou a bolsa de sangue da minha mão e a rasgou com um floreio, chupando o sangue com gosto, como na noite em que eu havia descoberto que ele era um vampiro. Minha versão no vídeo gritou, e então ficou tudo escuro.

Jimin fechou o laptop e deu de ombros.

— Tá, eu admito que não é meu melhor trabalho. Mas tínhamos um prazo. E, como sem dúvida, notou, hipérbole e exagero são algo trivial na comunidade vampírica.

Pensei em quando conheci Edwina J. Fitzwilliam, com seu vestido de cetim, seda e veludo e sua maquiagem estilo glam-rock dos anos 1970.

— Acho que notei algo do tipo.

— Enfim, só nos resta esperar — disse Jimin. — Se Edwina cair, iremos amanhã ao pôr do sol. Se não…

Jimin não concluiu o pensamento.Mas nem precisava.

Se a mãe de Jungkook e os Jameson não caíssem em nosso golpe, eu sabia muito bem que nenhum de nós tinha um plano B.

Se a mãe de Jungkook e os Jameson não caíssem em nosso golpe, eu sabia muito bem que nenhum de nós tinha um plano B

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