🦇 𝕮ᥲ⍴í𝗍ᥙᥣ᥆ 𝕿rіᥒ𝗍ᥲ ᥱ ᥆і𝗍᥆

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Jungkook me olhava por cima de sua caneca de Somos Vivazes

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Jungkook me olhava por cima de sua caneca de Somos Vivazes. Ele deu uma cheiradinha no café e obviamente não gostou do que sentiu.

- Eu me lembro de amar café - comentou, apoiando a caneca na mesa, que continuava cheia e fumegante. - Agora tem cheiro de água suja para mim.

Ele parecia triste. Quanto do seu antigo eu será que havia perdido ao se transformar no que era agora? Mas teríamos tempo para explorar aquilo depois. Eu precisava de outras respostas primeiro.

Pigarreei.

- Então. Antes da minha fuga naquele dia, você me falou que podia explicar tudo. Que tinha mais coisa pra contar.

Se Jungkook ficou surpreso com minha mudança de assunto, não demonstrou.

- Sim. É... uma longa história - disse ele. Seus olhos pareciam tristes e distantes.
- Uma história que eu deveria ter compartilhado com você desde o começo. Peço perdão outra vez por não ter contado antes, mas, se estiver disposta a ouvir, gostaria de contar agora.

- É por isso que estou aqui. Espero que pelo menos parte dessa longa história explique por que um vampiro com centenas de anos que aparentemente não precisa de dinheiro colocou um anúncio procurando alguém com quem dividir um apartamento.

Ele abriu um sorrisinho. Eu me recusei a me deixar distrair por como aqueles meios-sorrisos o deixavam bonito. Principalmente quando faziam sua covinha surgir.

- Explica, sim.

- Imaginei. Pode começar.

- Talvez eu devesse lhe contar uma versão resumida. Senão ficaremos aqui a noite toda.

Tomei um gole do meu cappuccino (que estava ótimo - Rosé fazia um excelente Somos Empoderados) e lambi os lábios. Os olhos de Jungkook acompanharam o movimento da minha língua com interesse.

Fingi não notar.

- Uma versão resumida provavelmente é uma boa ideia - concordei. - O café fecha às onze. Rosé não vai gostar se ainda estivermos aqui a essa hora.

- Eu não gostaria de despertar a fúria dela - comentou Jungkook. - Desconfio que sua colega já esteja farta de mim por uma noite.

Tive que sorrir.

- Provavelmente.

- Muito bem. - Ele se endireitou na cadeira e me dirigiu um olhar tão sincero que perdi o ar.

- Lisa, preciso que alguém more comigo porque, cem anos atrás, enquanto treinava um encantamento para transformar vinho em sangue, Jimin me envenenou por acidente em uma festa à fantasia em Paris. O que me colocou em uma espécie de coma de um século. Acordei na minha casa em Chicago há um mês, totalmente alheio às mudanças dos últimos cem anos. - Jungkook voltou a sorrir, embora não parecesse achar graça nenhuma naquilo. - Estou tão perdido e indefeso nesta época quanto um bebê na floresta.

𝐌ⱺ𝗋α𐓣ᑯⱺ 𝐂ⱺꭑ υꭑ 𝐕αꭑρ𝗂𝗋ⱺ.  Onde histórias criam vida. Descubra agora