🦇 𝕮ᥲ⍴í𝗍ᥙᥣ᥆ 𝕿rіᥒ𝗍ᥲ ᥱ sᥱіs

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Jungkook já estava sentado a uma mesa nos fundos quando cheguei ao Gossamer’s, observando o entorno com o assombro atordoado que seria de se esperar de um turista visitando um local exótico do outro lado do mundo

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Jungkook já estava sentado a uma mesa nos fundos quando cheguei ao Gossamer’s, observando o entorno com o assombro atordoado que seria de se esperar de um turista visitando um local exótico do outro lado do mundo.

Ele sempre estava bonito, mas mesmo para seus padrões parecia um sonho. Uma única mecha de cabelo se destacava lindamente em sua testa, como se Jungkook tivesse saído de uma das páginas de seus romances de época britânicos. Ao vê-lo sentado todo aprumado na cadeira, usando um terno de três peças que lhe caía tão bem que parecia feito sob medida, comecei a questionar minha decisão de nos encontrarmos em um lugar público.

Porque outras pessoas também estavam reparando em como ele estava lindo. Duas mulheres usando moletom da Universidade North- western que tomavam café na mesa ao lado lançavam olhares furtivos contínuos na direção dele.

Eu me senti tomada por um estranho sentimento de posse, que não me era familiar e que eu não reconhecia nem gostava.

E se uma daquelas mulheres começasse a dar em cima dele?

Trombei de leve com a mesa delas ao passar, dizendo a mim mesma que tinha sido sem querer.

Jungkook mantinha os olhos fixos nos meus enquanto eu me aproximava. Seus cílios grossos e compridos continuavam parecendo um desperdício num homem.

Na verdade, era estranho vê-lo ali. Aquela era a primeira vez que interagíamos fora de casa, e até o momento eu não tinha me dado conta de que o via como um pertence do apartamento suntuoso em que morava.

Vê-lo fora dele era tão chocante quanto encontrar um flamingo no metrô.

Jungkook passou os olhos pelo meu corpo, e seu nariz se franziu um pouco quando ele notou minha mão esquerda porcamente enfaixada. Será que ele era capaz de sentir o cheiro do corte ali? Eu não queria pensar a respeito.

Ele franziu a testa.

— O que aconteceu?

Escondi a mão machucada atrás das costas.

— Não é nada — respondi.

Aquilo era verdade.

A visita da tarde ao centro de reciclagem tinha sido produtiva: eu havia encontrado pedaços de sucata grandes que poderiam ser úteis, só precisava voltar para pegá-los quando pudesse usar o carro de Bam. Na saída, no entanto, prendi a mão na parte de baixo de um banco de bicicleta velho.

O impacto foi menor do que o de um corte de papel feio, e o machucado parou de sangrar quase imediatamente, mas o funcionário do centro de reciclagem tinha surtado. Começou a tagarelar sobre risco de tétano e imputabilidade e insistiu em enfaixar minha mão antes que eu fosse embora.

A perspectiva do encontro com Jungkook estava me deixando tão nervosa que eu havia esquecido de tirar a faixa exagerada e trocar por um band-aid de tamanho mais apropriado.

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