O preço da liberdade

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Após a preparação, Vic se vestia com suas roupas: uma blusa de mangas compridas, uma calça jeans e suas botas. Ela prendeu o cabelo em um rabo de cavalo, ajustando os acessórios e preparando-se mentalmente para a missão. Com um olhar de despedida, ela deu uma última olhada na Clareira, sussurrando para si mesma:

— Adeus.

Gally se aproximou, entregando a Vic uma lança, e todos se posicionaram em frente às portas do labirinto. Vic liderava o grupo com determinação, a cada som suspeito, ela fazia sinal para que todos parassem e fizessem silêncio absoluto. Quando estavam perto da porta, Vic avistou um Verdugo à espera, bloqueando a entrada.

Chuck, notando a pausa de Vic, perguntou, um tom de preocupação na voz: — É um Verdugo, não é?

Vic confirmou com um aceno firme. O grupo ficou tenso, seus rostos se preparando para o confronto iminente. Vic assumiu a liderança, firme e resoluta: — Estão prontos? Ou nós passamos por aquela porta ou morremos tentando. — Batendo a lança no chão com determinação, ela incentivou os outros.

— Vamos!

Eles se lançaram na direção do Verdugo, lanças erguidas, prontos para a batalha. A criatura avançou com fúria, tentando mordê-los. A luta foi intensa, os garotos se esforçando para empurrar o Verdugo para longe da porta. Vic correu ao lado de Teresa e Chuck para a porta para tentar abri-la.

— Minho! — gritou Vic, sua voz cheia de urgência. — Me diga a sequência de números das áreas!

Minho, gritando sobre o barulho da batalha, respondeu: — 2, 6, 5! Pegaram todos?

Vic, sem hesitar, digitou os números na porta e, por fim, inseriu os números 9, 8, 3 que estavam gravados no cilindro. A porta começou a brilhar em verde, sinalizando que estava desbloqueada.

— Conseguimos! — gritou Vic com alívio, mas a vitória foi breve. Três Verdugos surgiram, descendo pelas paredes, e todos começaram a correr desesperados em direção à porta. Um dos Verdugos agarrou a perna de Thomas, deixando-o para trás. A porta alguns segundos depois começou a se fechar novamente.

Thomas gritava desesperado, lutando para se soltar. Gally, ao ver a situação crítica, deu meia-volta e com um golpe preciso na cauda do Verdugo, conseguiu libertar Thomas. Thomas, atordoado, levantou-se e correu para a porta que estava a poucos centímetros de fechar.

— Corre, Gally! — todos gritavam, mas o Verdugo bloqueava o caminho de Gally, impedindo-o de se juntar ao grupo.

Vic, em pânico, começou a se preparar para correr em ajuda a Gally, mas Minho a deteve. A porta estava a apenas cinco centímetros de se fechar completamente. Vic, desesperada, lançou o cilindro para Gally na tentativa de ajudá-lo a reabrir a porta. Assim que a porta se fechou completamente, Vic estava profundamente nervosa, temendo perder Gally, especialmente agora que seus sentimentos estavam claros para ambos.

Furiosa, Vic confrontou Minho, segurando sua blusa com força: — Se Gally morrer, a culpa será sua, e você pagará caro por isso!

Minho, tentando manter a calma, respondeu: — Você teria se matado se tivesse ido ajudar ele.

Thomas interveio, tentando acalmar a situação: — Vic, conheço Gally há pouco tempo, mas sei que ele iria até o inferno para não te perder.

Vic, embora ainda apavorada, começou a se acalmar um pouco. A porta atrás deles se fechou, mas outra à frente estava aberta. Eles entraram em um corredor que era similar aos corredores da memória de Vic, mas as luzes piscavam, criando um ambiente sombrio e inquietante.

Chegaram a uma porta com uma placa acima dizendo "Saída". Caçarola, com uma expressão cética, perguntou: — É sério isso?

Vic, já voltando a ficar tensa, colocou a mão na maçaneta e abriu a porta lentamente. O interior estava devastado, haviam corpos sem vida, pessoas com armas nas mãos, uma visão horrível, tudo estava revirado e quebrado. Todos se olharam assustados e confusos.

𝐀 𝐏𝐑𝐈𝐌𝐄𝐈𝐑𝐀 || Maze runner Onde histórias criam vida. Descubra agora