𝐀 𝐏𝐑𝐈𝐌𝐄𝐈𝐑𝐀 || Maze runner

Revelações

Victória e os corredores saíam do labirinto, exaustos, quando Chuck apareceu correndo, com uma expressão de urgência.

– Vic, Vic! – Chuck gritou, aproximando-se rapidamente. – A garota... Ela acordou!

Victória trocou olhares com os corredores ao seu redor. Estavam cansados, mas a notícia de que a garota havia despertado era importante. Todos seguiram Chuck até o local do tumulto.

Chegando lá, Victória viu o cenário caótico: a garota estava em cima de uma plataforma, cercada por garotos que tentavam subir para tirá-la de lá. Ela jogava objetos para afastá-los, e a confusão só crescia.

– O que está acontecendo aqui? – Victória perguntou a Newt, que estava mais perto.

– Ela saiu da enfermaria enquanto Nick cuidava de Alby – respondeu Newt, ainda perplexo. – Correu para essa plataforma e agora não deixa ninguém se aproximar.

Victória observou a garota. A princípio, parecia óbvio que ela, sendo do mesmo gênero, deveria ser a pessoa a acalmar a garota. Mas ela conhecia suas próprias limitações: sua paciência era curta, e qualquer coisa poderia irritá-la.

– Thomas – Victória virou-se para o novato. – Vá até lá e acalme essa garota.

– O quê? Eu? – Thomas ficou visivelmente surpreso. – Você tá brincando? Faz mais sentido você ir!

– Não, Thomas. Você é mais calmo do que eu. Essa é uma ordem – insistiu Victória.

Thomas suspirou, fazendo uma careta antes de assentir. Ele olhou para a garota lá em cima e gritou:

– Por favor, fique calma! Não faremos nada com você. Vocêé uma de nós! Vou subir para tirar suas dúvidas e tranquilizar você sobre esse lugar.

A garota parou de jogar objetos por um momento, mas logo respondeu, firme:

– Pode subir, mas não tente gracinhas. Eu tenho um facão e não tenho medo de usar!

O aviso fez os garotos em volta soltarem risadas, e Victória, ao ouvir, virou-se para Newt com um sorriso.

– Essa é das minhas – comentou ela, rindo.

Após alguns minutos, os garotos começaram a ficar impacientes.

– Vamos, Thomas! O que tá acontecendo aí? – um dos garotos gritou.

– Thomas deve estar se divertindo lá em cima! – outro provocou, enquanto risadas se espalhavam pelo grupo.

Victória apenas observava. Finalmente, Thomas desceu da plataforma, seguido pela garota. Ela olhou para todos e disse:

– Eu me chamo Teresa.

Por um instante, todos ficaram surpresos. Era incomum alguém se lembrar de seu nome tão rapidamente. Mas logo começaram a aplaudir e comemorar.

– Bem-vinda, Teresa! – alguns gritaram, enquanto outros batiam palmas.

Teresa parecia confusa com a reação, mas aceitou os cumprimentos.

Enquanto a multidão dispersava, Thomas puxou Victória de lado e mostrou dois cilindros de metal, do tamanho de uma mão.

– Teresa me entregou isso – disse ele, em voz baixa. – Ela não sabe o que são, mas estavam com ela.

Victória pegou os cilindros e os observou atentamente.

– Isso parece aquele objeto que tiramos de dentro do Verdugo – ela comentou, os olhos se estreitando.

– Temos que nos reunir com os outros e conversar sobre isso – sugeriu Thomas.