Capítulo 3 - A fuga desesperada:

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P.O.V – Narradora:

A Isa e o Leo correram pelos corredores da mansão, os seus corações batiam descontroladamente. Cada som parecia amplificado, cada sombra uma ameaça. A escuridão os envolvia, dificultando a visão e aumentando a sensação de desorientação. O Leo tentava manter a calma, mas a urgência na sua voz traía o seu medo.

- Por aqui! - sussurrou ele, puxando a Isa por um corredor à esquerda.

Mas à medida que avançavam, os corredores pareciam multiplicar-se, cada um igual ao anterior. Eles perderam-se numa rede de passagens labirínticas. O Leo parou abruptamente, percebendo que não sabia mais onde estavam.

- Estamos perdidos - murmurou ele, tentando esconder o desespero.

A Isa olhou ao redor, tentando encontrar algum ponto de referência. Nada parecia familiar. O som dos passos do Gabriel a subir as escadas e os passos a ecoarem pelo corredor os fez gelar. Eles precisavam encontrar uma saída, e rápido.

- Vamos tentar por aqui - disse a Isa, apontando para uma porta parcialmente aberta à sua direita.

Eles seguiram em direção à porta, o aperto de mão desfeche, deixando assim a Isa sem reação. Parando para pensar um pouco, ela decidiu o deixar ali e avançar, quando ela chegou em frente ela perdeu o equilíbrio ao abrir a mesma tropeçando e caindo para dentro da sala. O Leo ao ver isso de longe correu para a socorrer mas não foi rápido o suficiente. Ela caiu no chão com um baque surdo, a sua mão ainda a segurar a maçaneta.

Dentro da sala, o Gabriel, que estava de costas para a janela, virou-se de repente, assustado com o barulho. Os seus olhos arregalaram-se de surpresa e raiva ao ver a Isa no chão. Ele não esperava encontrá-la ali.

- Vocês! - rugiu ele, avançando na direção da Isa.

O Leo, percebendo o perigo iminente, colocou-se ao lado da Isa para a ajudá-la a levantar-se. Só que o Gabriel, já estava muito próximo e sem pensar duas vezes, o Leo lançou-se contra o Gabriel, tentando atrasá-lo. A luta foi intensa, com ambos rolando pelo chão. A Isa, ainda atordoada pela queda, tentou recuperar-se rapidamente.

Ela olhou ao redor, procurando por algo que pudesse usar para ajudar o Leo. Os seus olhos fixaram-se numa pesada estatueta de bronze sobre uma mesa próxima. Determinada, ela agarrou a estatueta e, com toda a força que conseguiu reunir, golpeou o Gabriel na cabeça. Ele cambaleou, atordoado, e caiu inconsciente novamente.

- Vamos, Isa, precisamos sair daqui agora! - gritou o Leo, puxando-a pela mão mais uma vez.

Eles saíram da sala, os corações ainda acelerados, e continuaram a correr pelos corredores. Desta vez, a Isa tomou a frente, confiando na sua intuição para encontrar o caminho. Desceram uma escadaria em espiral, passando por várias portas fechadas, até que finalmente encontraram uma janela aberta no térreo.

Com a adrenalina pulsando nas suas veias, eles pularam a janela e caíram no jardim escuro. Sem olhar para trás, correram em segurança para a floresta mais próxima. Somente quando sentiram a proteção das árvores ao seu redor é que pararam para respirar.

- Conseguimos... - disse a Isa, ofegante, com um misto de alívio e incredulidade.

- Sim, mas precisamos esconder-nos até que seja seguro sair daqui - respondeu o Leo, olhando para a escuridão da floresta.

Enquanto afastavam-se da mansão, sabiam que a batalha ainda não havia terminado. Mas por agora, estavam a salvo, e isso era tudo o que importava.

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