[11] Apenas diga sim

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JADE BARBOSA

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Acordei no meio da madrugada, tomando um susto quando percebi o colchão ao lado da minha cama vazio.

Desesperada, eu tirei a coberta que esquentava meu corpo e nem mesmo calcei meus chinelos de tão desesperada que estava.

Corri para fora do meu quarto que estava com a porta aberta.

Não, ela não fez isso de novo!

Procurei pela casa toda, meu coração estava disparado, meus olhos marejaram ao constar que tinha fugido de novo. Estava cansada de ir atrás dela.

Escutei um soluço vindo da varanda da minha casa e segui o barulho, respirando aliviada ao vê a mulher com os braços apoiados no muro de vidro.

- Geo...? - Sussurrei, meu coração apertou em ouvir mais um soluço, sabia que estava chorando.

Como todas as noites desde do dia em que a tirei daquele bar.

- Geo, você precisa descansar...- Toquei o ombro dela.

- Eu sou um fracasso Jade - Disse com a voz embargada, logo me encarando, me assustei um pouco com a sua aparência deplorável.

Olheiras profundas, pele mais pálida que o normal, perdeu um pouco de cabelo.

- Não, você não é - Tentei sorrir - Você é incrível.

- Não sou! - Falou mais alto, fiquei calada, esperando que colocasse tudo para fora - Todo os dias eu tento ligar para a minha mãe e ela não me atende - De repente sentir um ódio da mãe dela de novo - Ela me odeia.

Eu a abracei com força, deixando a mesma chorar no meu ombro, o que era meio difícil porque ela era tão alta. Parecia uma anã preto dela.

Desde eu comecei a criar uma amizade com a Geo, tenho tentado a levá-la ao um centro de reabilitação para ajudar no seu consumo exagerado com bebida. Mas quem disse que ela aceita?

Gosto muito da Geovana mas ela é muito cabeça dura, ela pensa que pode se livrar do vício sozinha.

Inclusive ela teve uma convulsão esses dias, eu fiquei desesperada, tanto eu quanto minha mãe não saímos do hospital por nada enquanto ela não tivesse alta.

O médico disse que se ela continuasse bebendo demais poderia causar algo pior.

Ficava chateada como a mídia detonava a Geovana na internet por beber demais mas nunca se em descobrir que ela precisava de ajuda.

Até a chamei para passar um tempo na minha casa, simplesmente por medo de ela ter um ataque de convulsão de novo.

Foi meio difícil pois ela insistia que não queria atrapalhar e ficar "encostada" mas eu insistir, eu queria ajudá-la a sair dessa escuridão que a rodeia.

Coloquei a mão na sua testa percebendo o quanto estava quente. Seu corpo tremia também.

- Você está com febre - Concluí, segurando seu braço - Vem, você precisa dormir - Ela não relutou, parecia cansada demais.

𝐎 𝐂𝐀𝐎𝐒 𝐃𝐎 𝐍𝐎𝐕𝐄  • 𝐉𝐀𝐃𝐄 𝐁𝐀𝐑𝐁𝐎𝐒𝐀 Onde histórias criam vida. Descubra agora