Um amor "Proibido"-Pejão

"Babe,i wanna be a star"

João segurava a carta com mãos trêmulas, o coração batendo descompassado no peito. Cada respiração era um esforço, uma tentativa desesperada de não se afogar na dor que o consumia. Ele sabia que aquela folha de papel continha as últimas palavras de Pedro, as palavras que ele nunca mais ouviria. E, ao abrir a carta, sentiu como se o mundo estivesse prestes a desabar mais uma vez.

Com os olhos marejados, ele começou a ler, a voz de Pedro ecoando em sua mente a cada linha.

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"BABE,I WANNA BE A STAR ☆"

"João,

Eu não queria que as coisas terminassem assim, mas às vezes, o amor não é suficiente para manter as pessoas juntas. Quando penso em nós dois, tudo o que consigo sentir é a dor de saber que te perdi. Talvez eu tenha me enganado pensando que poderíamos consertar as coisas, mas agora, tudo o que resta são as lembranças e o vazio que ficou.

Você foi a melhor parte de mim, mas também aquela que mais me machucou. ‘O que você vai fazer com o resto de você?’ Eu me pergunto isso todos os dias, porque parece que não sobra nada quando não estamos juntos. Mas eu sei que, por mais que doa, você vai encontrar um jeito de seguir em frente, mesmo que isso signifique viver com a dor da minha ausência.

‘É que o meu amor é teu... mas você sumiu,’ e com você, sumiu a parte de mim que acreditava que o amor poderia superar tudo. A verdade é que eu estou ‘te amando e sofrendo,’ e sei que você também está, mas isso não muda o fato de que não dá mais pra nós.

Eu queria poder ‘voltar atrás e me perder de novo,’ te ter ao meu lado, sem as brigas, sem os erros, mas sei que isso é impossível. A cada dia, nossa relação se tornou mais insuportável, e mesmo que eu te ame, ‘o que sobrou do amor, se não dois copos pela metade?’

O que mais dói é saber que, mesmo te amando, preciso te deixar ir. ‘Quem você pensa que é pra me fazer chorar?’ Porque, a cada lágrima que você derrama, é como se eu morresse um pouco mais por dentro. Mas eu não posso mais te prender a mim, não posso te pedir para ficar quando sei que não posso te dar a felicidade que você merece.

‘Cê vai lembrar de mim, e quando a gente for só saudade, vai entender,’ que eu sempre te amei, mas o nosso amor se perdeu em algum lugar do caminho. Se lembra de quando a gente se conheceu? ‘A gente riu e se apaixonou,’ mas agora, tudo o que restou foi a dor da despedida.

Eu te peço, João, ‘não me espere acordado,’ porque eu não vou voltar. ‘Essa vai ser a última canção,’ a última que escrevo pra você, a última que conta a nossa história.

Cuida dos gatos por mim, e se cuida também. Eu só quero que você seja feliz, mesmo que isso signifique que a nossa história tenha que acabar aqui.

Sobreviva,meu bem.

"Baby, don't you turn into a star..."

Com amor, 
Pedro." ♡

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As palavras de Pedro perfuraram o coração de João como lâminas afiadas. Cada frase era uma punhalada, uma nova onda de dor que o deixava sem ar. Ele leu a carta repetidas vezes, as lágrimas escorrendo livremente pelo seu rosto, molhando o papel que agora parecia pesar uma tonelada.

João caiu de joelhos, segurando a carta contra o peito, como se aquilo pudesse trazer Pedro de volta, como se o amor que ainda sentia fosse capaz de desfazer o que estava feito. Mas tudo o que ele encontrou foi o vazio, a ausência de Pedro, a solidão que agora tomava conta de cada canto do apartamento e de sua alma.

O choro de João era desesperado, um grito abafado de quem já não sabia como continuar, de quem havia perdido a razão para lutar. Ele soluçava, o corpo sacudindo em espasmos de dor, o coração em pedaços, o espírito quebrado.

Ele se deitou no chão, abraçando a carta, desejando que o peso do sofrimento fosse suficiente para acabar com tudo de uma vez. Mas, por mais que doesse, a dor continuava, implacável, lembrando-o a cada segundo que Pedro não voltaria.

Naquela noite, João sentiu como se todo o seu mundo tivesse desmoronado, e tudo o que ele podia fazer era chorar, chorar até não restar mais lágrimas, até não restar mais nada dentro dele.

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