ㅡ 𝗠ingi e Yunho tem uma relação um pouco estranha. No último ano do ensino médio, eles eram inseparáveis e muito unidos, mas tudo se complicou, quando o Mingi descobriu que o Yunho gostava dele, mas Mingi precisava se mudar de cidade.
Quando eles...
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"Mingi... We are in this together."
Sentado à mesa do café, eu observava Mingi enquanto ele se aproximava. O sol entrava pela janela, iluminando seu rosto e fazendo meu coração acelerar. Ele sempre teve esse efeito em mim, mas agora era diferente. Havia uma urgência no ar, uma necessidade de enfrentar o que estava por vir.
Quando Mingi sentou-se à minha frente, eu tentei esconder a ansiedade. Ele sorriu, e um calor confortável se espalhou pelo meu peito. Era bom tê-lo ali, ao meu lado, me apoiando.
─ Oi, você veio. ─ Eu disse, tentando soar casual, mas minha voz traiu meu nervosismo.
─ Claro que sim. ─ Ele respondeu, e havia uma firmeza em suas palavras que me encorajou.
Agarrei sua mão, e a conexão física fez com que a tensão começasse a dissipar. Era como se o toque dele me lembrasse do que realmente importava.
─ Está pronto para hoje? ─ Ele perguntou, e eu sabia que a pergunta ia além do café da manhã.
Respirei fundo, tentando organizar meus pensamentos. ─ Sim, mas estou nervoso. ─ A verdade estava ali, crua. O que eu estava prestes a fazer era monumental, e a possibilidade de desapontar minha família me aterrorizava.
─ É normal. ─ Mingi disse, e sua voz suave era um alívio. ─ Lembre-se, estou com você.
Agradeci a ele com um olhar. Mingi sempre foi minha âncora, e naquele momento, eu precisava dele mais do que nunca.
O garçom se aproximou, trazendo nosso pedido, mas a comida parecia secundária. Minhas preocupações estavam focadas na conversa que teria com minha família.
─ O que você vai dizer a eles? ─ Mingi perguntou, quebrando o silêncio.
Eu hesitei. A verdade é que eu não tinha um plano definido. Apenas sabia que não podia continuar vivendo uma mentira. ─ Vou ser honesto. Dizer que não quero esse casamento e que preciso seguir meu próprio caminho.
Mingi assentiu, e eu vi um brilho de apoio em seus olhos. ─ Você vai conseguir.
O café estava quente, e eu tomei um gole, sentindo o gosto amargo se misturar à doçura da conversa. A ideia de abrir meu coração para minha família era assustadora, mas a presença de Mingi me dava força.
─ E se eles não aceitarem? ─ Eu perguntei, a insegurança voltando a me assolar.
─ Então, você lidará com isso. ─ Mingi respondeu, firme. ─ Você merece ser feliz, Yunho.
A convicção em sua voz fez meu coração disparar. Eu precisava me lembrar do que realmente importava. Não era o que a sociedade esperava de mim, mas sim o que eu sentia.
─ Obrigado por estar aqui. ─ Eu disse, sinceramente. ─ Eu não sei o que faria sem você.
Ele sorriu, e aquele sorriso trouxe um calor que me confortava.
─ Estamos juntos nessa.
As palavras dele ecoaram em minha mente, e eu sabia que, independentemente do que acontecesse, eu teria Mingi ao meu lado. O café da manhã se tornou mais do que apenas uma refeição; era um ritual de preparação para a batalha que eu estava prestes a enfrentar.
Concluímos o café, e quando olhei para Mingi, percebi que era hora de agir. O futuro estava nas minhas mãos, e eu estava pronto para lutar por ele.
Quando terminamos o café da manhã, um novo senso de determinação havia se instalado em mim. Olhei para Mingi, e ele parecia tão decidido quanto eu. Era hora de enfrentar a realidade.
─ Pronto? ─ perguntei, sentindo uma mistura de ansiedade e expectativa.
Ele assentiu, seu olhar firme. ─ Vamos fazer isso.
Saímos do café e nos dirigimos ao meu carro. O caminho até a casa dos meus pais parecia mais longo do que o normal, cada semáforo se arrastando, como se o universo estivesse tentando me impedir de chegar lá. Mingi percebeu meu nervosismo e colocou a mão sobre a minha, um gesto simples, mas que me acalmou.
─ Você vai se sair bem. ─ Ele disse, e eu pude ouvir a crença em suas palavras.
Quando chegamos, o ar estava carregado de tensão. A casa tinha o mesmo cheiro familiar, mas, naquele momento, tudo parecia diferente. Cada passo para dentro era um lembrete do que estava por vir.
Meus pais estavam na sala, e o olhar deles se fixou em mim assim que entrei. Meu pai, sério como sempre, e minha mãe, com uma expressão de preocupação.
─ Yunho, você demorou. ─ Meu pai disse, sem rodeios. ─ Precisamos conversar sobre o casamento.
Senti meu coração acelerar, mas a mão de Mingi ainda estava na minha, um ancla que me dava coragem.
─ Na verdade, pai, eu preciso falar primeiro. ─ A voz saiu mais firme do que eu esperava.
A sala ficou em silêncio, e todos os olhares se voltaram para mim.
─ O que você quer dizer? ─ Minha mãe perguntou, preocupada.
Respirei fundo, buscando as palavras certas. ─ Eu não quero me casar com a Soyeon. ─ As palavras saíram como um murro na mesa, e o choque na expressão de meus pais era evidente.
─ O que você está dizendo? ─ Meu pai questionou, seu tom de voz subindo. ─ Você sabe o quanto esse casamento significa para a nossa família!
─ Eu sei, pai. ─ Falei, tentando manter a calma. ─ Mas não posso viver uma mentira. Não posso me casar com alguém que não amo.
Mingi apertou minha mão, e eu me senti um pouco mais forte.
─ E quem você ama? ─ Meu pai perguntou, a frustração evidente.
─ Eu amo Mingi. ─ As palavras saíram de mim como uma revelação.
O silêncio na sala era ensurdecedor. Minha mãe parecia em choque, enquanto meu pai olhava para Mingi com uma expressão de incredulidade.
─ Você não pode estar falando sério! ─ Meu pai exclamou. ─ Isso é uma loucura!
─ Não é uma loucura, pai. ─ Eu disse, tentando manter a voz firme. ─ É a verdade.
Mingi se adiantou, quebrando o silêncio. ─ Senhor, eu entendo que isso é difícil de aceitar, mas Yunho e eu... nós nos amamos.
A tensão na sala aumentou, e a expressão de meu pai se transformou em raiva. ─ Você não entende o que está fazendo, Yunho!
─ Não, eu entendo muito bem! ─ Retruquei, a frustração crescendo. ─ Estou cansado de viver para agradar a todos ao meu redor.
Minha mãe finalmente falou, sua voz suave, mas cheia de preocupação. ─ Yunho, você realmente ama Mingi?
Olhei para Mingi, e naquele instante, tudo ficou claro. ─ Sim, eu amo. E quero construir meu futuro com ele, não com alguém que não escolhi.
A reação de meus pais era algo que eu não poderia prever. Havia raiva, confusão, mas também um toque de tristeza.
─ Você está fazendo uma grande besteira. ─ Meu pai disse, a voz mais baixa agora, mas ainda cheia de emoção.
─ Não estou. ─ Eu afirmei. ─ Estou finalmente sendo honesto comigo mesmo.
O silêncio se instalou novamente, e eu sabia que a conversa estava longe de terminar. Mas algo havia mudado. Eu havia falado minha verdade, e isso, por si só, era um passo importante.
Mingi olhou para mim, seu olhar cheio de apoio e amor. E, naquele momento, percebi que, não importando o que acontecesse a seguir, eu não estaria sozinho.