CAPÍTULO 12: ÓDIO, AMOR E FÉ

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Em voltos pelas chamas infernais. Noé em guarda, encarava Gomorra que o encarava de volta enquanto o sangue dos ferimentos pingava no chão o queimando.

– Mesmo que queime até meus ossos, eu não vou cair – Dizia Noé andando pra um lado e seu oponente para o outro, sem desviar o olhar.

– Eu não quero queimar só seus ossinhos, eu quero queimar tudo em você, até sua alma virar pó – Provocava Gomorra.

– Então tente, falso anjo.

Gomorra alarga seu sorriso, terminando de regenerar seu rosto, partindo pra cima do humano com uma chicotada.

Noé se defende com o machado, começando uma troca de golpes com o anjo que ataca de todas as direções em alta velocidade. O humano contra defendia todas as investidas, usando de seus reflexos, notando que o machado absorveu tanto calor que fumaça saia dele. Ele também nota sua camisa rasgada e queimada – Arca: Ericius – Noé faz um corte em círculo, afastando Gomorra. Noé arranca sua camisa e joga no chão, mostrando seu físico com cicatrizes de mordidas e arranhões, além de suar muito devido ao calor.

– Nossa, você é um coroa bombadão, né não, só essa cara fudida que estraga essa bela vista – Analisava Gomorra lambendo os lábios.

O humano serrava o olhar e empinava o machado para trás – Arca: Tigris – Ele cortava o ar gerando uma lâmina de vento. Gomorra desvia facilmente e ataca com o chicote.

Noé usa a técnica da serpente e corta o primeiro chicote, com as gotas de sangue respingando sobre sua pele, ardendo um pouco. O segundo chicote vinha por suas costas. Rapidamente Noé esquiva, começando a esquivar das chicotadas de Gomorra que aumentavam.

– Dance pra mim coroa, dance! – Gomorra atacava sem parar aumentando as chamas no chicote.

Mesmo se esquivando, seu corpo sofria leves queimaduras, notando isso, Noé levanta seu pé e pisa no chão curvando a perna – Arca: Elephanti e Lepus – Noé com uma perna da um grande salto, dando um mortal em cima de Gomorra e cortando suas costas junto de uma de suas asas – Arca: Scorpio!

– Aaaaaa! – Gomorra despenca do ar e cai no solo junto de Noé. O anjo se levantava lentamente, sentido o ferimento nas costas ardendo, se lembrando por um momento dos tempos que estava preso na masmorra, rangendo os dentes.

O humano se aproxima do anjo, sem baixar a guarda – Você é mesmo igual a outra anja, só que é evidente a tristeza e a raiva em seus olhos.

– "Triste" "raiva"? De onde você tirou isso coroa? - Questionava Gomorra.

– Eu sei quando alguém sofre, e vejo alguém que já sofreu muito nessa vida.

– Agora você vai fazer um discurso brocha pra mim? Justo quando estou nessas condições, você é igual todos eles, né não!? Vá em frente, me torture, abuse de e da mim como achar melhor. É só isso que eu sirvo, né não? - Dizia Gomorra se levantando. Noé ouvia tudo aquilo em silêncio – Tá ouvindo? – Ele aponta com o chicote para as chamas ao redor.

Noé olha de canto para o fogo. Quando sua vista se acostumava com a luz, ele arregalava os olhos. Entre as chamas estavam os corpos carbonizados dos habitantes de Sodoma, que caminhavam como zumbis até Noé, enquanto sons de gritos de agonia ecoavam pelo ar.

– Ei coroa, será que você aguenta tudo isso de uma vez? – Os zumbis corriam pra cima de Noé de todas as direções.

– Arca: Lobus – Noé corta todos os zumbis que vinham em sua direção, sendo queimado pelo sangue que caia sobre ele – "Oque mais ele tem escondido?!"

A asa cortada de Gomorra se regenera, abrindo voo para o alto e vendo lá de cima a réplica da cidade em chamas, o fazendo se lembrar da última vez que viu Sodoma.

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