Um mito é um mito, nada é verídico quando a mesma história é contada várias vezes.
Enquanto Perseu e Medusa viviam tranquilamente. Athena passava dia e noite estudando uma forma de reverter a maldição de Medusa, nunca parando de tentar convencer o conselho oceânico a libertar as Gorgonas, o que só irritava Poseidon. Já no Olimpo, Hera, a esposa de Zeus, descobriu o bastardo que seu marido teve com uma mortal, exigindo que ele fosse morto. Zeus não aguentava mais as reclamações de sua esposa e quando descobriu onde Perseu estava, ordenou que Poseidon cuidasse disso, o que caiu como uma luva para o deus dos mares, que só precisava de um bom motivo para destruir a ilha com Medusa junto. Então Poseidon libertou outra de suas criaturas abissais para cuidar do problema.
Na ilha. Perseu olhava pensativo para o horizonte estrelado pela noite que terminava no mar, sentindo alguém se aproximar e vendo que era Medusa.
– Persy, já está tarde, volte para cama logo – Pediu a Gorgona.
– Faz um bom tempo que eu não volto pra casa, minha mãe deve achar que eu to morto – Comenta Perseu melancólico.
– Você ainda quer levar minha cabeça, não é? – Perguntou Medusa ficando ao lado do semideus.
– Sim, mas eu também não quero, a gente se deu tão bem – Fala Perseu olhando com um sorriso de canto para Medusa – É tão estranho pensar que te conheci tentando te matar – O jovem ri e a Gorgona ri de volta.
– Sim... – O silêncio volta e ambos olham para o horizonte – Quer continuar aquela luta?
– Não, eu vou voltar pra casa de mãos vazias mesmo, vou dizer que você era forte demais e eu não tive chances – O semideus levanta espreguiçando – Beleza, vamos voltar, to com mó sono – Perseu sai andando, parando no meio do caminho.
– Persy?
Sem Medusa saber, Perseu arregala os olhos quando sente algo, olhando para trás – Tem algo vindo.
Medusa olha pro mar e as cobras na sua cabeça agitam – Sim...
Na vila das Gorgonas, tudo parecia normal, até os cidadãos serpentes sentirem o solo tremer. Olhando todos com medo de algo que se aproximava da vila.
Emergindo do mar, surge no horizonte uma enorme criatura. A besta ultrapassava os 50 metros de altura e 60 de comprimento, seu corpo era revestido por escamas verdes, nadadeiras dorsais nas costas e pequenas patas com membranas entre os dedos, com a cabeça alongada como a de um crocodilo com um chifre acima do focinho, sua cauda era longa e tinha uma pinça de caranguejo na ponta. Esse era um dos monstros marinhos mais poderosos, Cetos.
A criatura ruge ferozmente com o som ecoando por toda a ilha. Os cidadãos serpentes fugiam desesperados enquanto os guardas tentavam atacar o monstro, mas eram todos esmagados pela besta.
Perseu e Medusa chegam bem na hora do pandemônio que estourou na vila.
– Não!!! – Medusa desesperada rasteja até a vila.
– Medusa! – Chama Perseu, em vão.
A rainha das Gorgonas ataca o monstro com sua espada, notando a resistência do monstro. Cetos joga Medusa para longe. Sem escolhas, a Gorgona remove sua bandana revelando seus olhos para o monstro, descobrindo da pior forma que nada surtia efeito em Cetos.
– "Os olhos dele... São muito pequenos!" – Pensa Medusa.
Cetos, por ser uma criatura adaptada para sobreviver nas profundezas, não era afetado pelo olhar de Medusa por ter a visão péssima, sabendo de tudo ao seu redor através de ecolocalização, sentindo a presença de Medusa.
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RAGNAROK: DIVINO PESADELO
ActionApós muitas chances dadas, o conselho divino decide pôr um fim à raça humana, mas a opinião oposta de alguns deuses os fazem iniciar o torneio nórdico "Ragnarok" para decidir o destino da humanidade de uma vez.