CAPÍTULO 14: PATRIARCA TEMPESTUOSO

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Enquanto a luta ocorria na cidade. No camarote dos deuses. Alguém entrava no terceiro andar, cuja presença era reconhecida pelos gregos, que olhavam para trás.

O recém chegado era um homem esboçando um sorriso debochado, cavanhaque e cabelos roxos naturalmente molhados com um rabo de cavalo, no lugar do olho esquerdo tinha um tapa olho estilizado de outro, assim como a mão esquerda que tinha uma prótese das três lâminas de um tridente dourado com detalhes azuis, trajava um longo colete de almirante branco com pontas rasgadas assim como a manga do braço esquerdo, o colete era aberto revelando seus músculos com tatuagens de serpentes marinhas roxas por todo o corpo, calças brancas com desenhos de algas marinhas azuis e andava descanso. Esse era o deus dos mares e líder do conselho oceânico, Poseidon.

Zeus abria o sorriso após sentir a presença de seu irmão do meio e Athena estava visivelmente desconfortada.

– E ai maninho! Qual a boa – Falava Poseidon com sua voz estridente.

– Você demorou em, tava quase perdendo a melhor parte – Comenta Zeus.

– Foi mal, tava resolvendo uns negócios com as sereias lá em Atlântida, sabe como é né? – Explicava o deus dos mares com um sorriso malicioso, sentando em um trono de água que ele mesmo fez ao lado de Zeus. Poseidon olha para Athena que desvia o olhar, fazendo o deus alargar mais seu sorriso – Ei Athena, não vai dar um oi aqui pro seu tio preferido? – Athena apenas o ignora, Poseidon acha graça, virando o olhar para a arena – Realmente escolherem esse cara pra lutar? Se eu soubesse teria me alistado só pra matar ele.

– Eu também irmão, eu também – Comenta Zeus.

– "Os dois perderiam" – Pensava Athena.

Já no camarote dos humanos. Os três deuses comentavam sobre a história de Noé.

– Que história conturbada, as versões que eu ouvi não falavam nada disso – Dizia Huitz impressionado.

– Eu sei, é normal todos pensarem assim – Comenta Prometeu.

– O importante é que toda essa trajetória resultou no nosso maior trunfo – Dizia Nuwa

– Se não fosse pelo Ragnarok, eu queria poder passar mais tempo com ele – Lamentava o titã do fogo.

– Não só você, todos os outros também – Comenta a deusa serpente se lembrando de quando reanimou o humano.

Um ano antes do Ragnarok.
Noé acordava nú, dentro de uma encubadora que era aberta. O homem saiu de lá meio zonzo e era recebido por Nuwa, que surpreendia o humano que notava a cauda de serpente no lugar das pernas.

– Quem é você?! – Questionou Noé olhando confuso para o laboratório da deusa – Onde eu estou??

– Primeiramente: vistas-se, segundamente: você é um dos mais fortes humanos da história, Noé, o homem que foi contra a tempestade, esse é o apelido que te deram, combina com você – Explicava Nuwa entregando uma toalha para Noé se cobrir.

– Que lugar é esse? Não é nada parecido com o paraíso.

– Você ficou bastante tempo na mansão dos mortos, não me admira que não lembre do pós morte, e não se preocupe, tudo será bem esclarecido – Nuwa saia da frente do humano revelando Prometeu que o olhava preocupado.

Noé a princípio não entendia, e Prometeu estava muito nervoso, levando um tapinha de Nuwa como motivação, decidindo tomar a palavra.

– O-Oi Noé, é b-bom te conhecer pessoalmente, acho que.. você merece uma explicação, muita explicação... – Dizia Prometeu coçando a nuca desviando o olhar.

RAGNAROK: DIVINO PESADELO Onde histórias criam vida. Descubra agora