CAPÍTULO 19: NÃO OLHE...

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Após o despertar das células divinas de Perseu. No camarote dos humanos. Huitz analisava o herói.

– O escudo refletor da Athena, as botas do Hermes e uma réplica do elmo do Hades, e poderes de Zeus. Tantas armas versáteis e mesmo assim está tendo toda essa dificuldade com a Julunggul – Analisa Huitz de braços cruzados.

– Dentre todos os humanos, Perseu é o melhor esgrimista que temos ao nosso lado – Disse Nuwa – Mas você tem razão, ainda é cedo para cantar vitória, principalmente porque parece que Julunggul não está lutando a sério.

– Me preocupa o que vai acontecer caso ela mude de ideia. Porque ele não usa aquele olho de uma vez?

– Você sabe que o Perseu não gosta de usá-lo por motivos óbvios.

– Não importa, o destino dos humanos está em jogo, então é melhor ele parar de frescura.

Enquanto os dois discutiam, Prometeu estava concentrado na luta. Vendo Perseu exalar raios de todo o seu corpo. E ao olhar para o novo estado do herói, uma lembrança veio à mente de Prometeu, que via no herói o Zeus mais jovem. Não demorando muito para voltar a realidade ao escutar a voz de Nuwa.

– Ele te lembra do Zeus, não é?

– Um pouco... – Respondeu Prometeu nervoso.

Na plateia da humanidade. Na parte dos gregos. Andrômeda, vestindo uma túnica branca e brincos de estrela, assistia a luta preocupada com seu marido, até um homem se aproximar dela.

– Com licença moça, se importa se sentar ao seu lado?

– Não, não tem problema.

– Obrigado – Agradeceu se sentando ao lado dela – Haha, olha só pro Persi, tá parecendo nosso pai daquele jeito.

– Como assim pai? – Questionou Andrômeda alçando uma sobrancelha.

– O Persi é meu meio-irmão mais velho, por sinal me chamo Hércules – Responde o homem, que era alto e com longos cabelos ruivos e o rosto estranhamente afeminado, sem camisa mostrando seu físico atlético com tatuagens vermelhas de criaturas que simbolizam seus 12 trabalhos, com faixas pretas em torno dos antebraço, um cinturão de bronze com um emblema dourado no meio, vestia uma calças azul e botas pretas. Esse era Hércules, o semideus mais forte da Grécia.

– Então você é o irmão fortão que ele não pera de falar?

– Eu mesmo, eu e ele treinamos juntos no pós vida, ensinei tudo o que ele sabe – Comenta Hércules apontando para si orgulhoso.

– Sei.

– Ei! Você é o Hércules mesmo? – Pergunta um homem na plateia.

– O próprio, porque cidadão anônimo?

– Sou um grande fã seu! E eu também sou filho de Zeus, sabia? – Responde o mesmo homem.

– Eu também! – Grita uma mulher lá no fundo. Logo, várias pessoas também falam a mesma coisa, ficando intrigadas.

– Espera um pouco, levanta a mão quem é filho de Zeus! – Pede Hércules, e quase toda a arquibancada dos gregos levantam a mão – Caramba...

– Você tem muitos meio irmãos – Ironiza Andrômeda rindo.

– O papai não sabe usar zíper – Diz Hércules coçando a nuca constrangido.

De volta a arena. Após a breve conversa entre Perseu e Julunggul, a batalha progrediu. O semideus tentou avançar contra a deusa que permanece imóvel, mudando as cores de suas pinturas para laranja.

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