Em uma sala bem grande semelhante a uma oficina bagunçada, com peças de armadura, placas metálicas e armas recém forjadas penduradas por correntes no teto, com mesas ao lado com papéis de plantas de vários modelos de armas, com uma grande caldeira exalando chamas que derretiam o ferro. E nesse local onde o silêncio era algo inimaginável, os sons de marteladas sobre metal eram inquietantes, enquanto brazas eram expelidas a cada batida, um pequeno homem, bem pequeno mesmo, martelava uma placa metálica negra recém saído do fogo. O homem suava como um porco mas sua precisam ao forjar aquilo era muito grande, tendo em vista que não parava de martelar.
Esse pequeno homem de barba preta de físico magro, vestia um avental de couro, sem camisa por baixo, protegia os olhos com óculos de lentes âmbar, usava luvas pretas com algumas faixas brancas nos braços, no ombro esquerdo tinha uma tatuagem da runa Ansuz, vestia apenas uma calça preta e botas de couro. O anão tentava se concentrar, mas parava bruscamente quando ouvia alguém gritar, o fazendo suspirar e olhar para o lado.
– Merda! Ele perdeu! – Reclamava alguém de voz grossa sentado em um sofá velho rasgado na frente de uma TV, jogando o controle no chão irritado. Era outro anão, era gordinho, com barba preta espeça, uma toquinha com óculos de proteção de prata, vestia uma blusa de lã com mangas alçadas e luvas sem dedos, um cinto de couro com um martelo metálico com uma runa esculpida em cima, calças pretas e botas de couro.
– Ei Brock, pode parar de ver TV e vir me ajudar? – Perguntava o outro anão com uma voz mais calma levantando os óculos.
– Caramba Sindri! o Cole foi partido ao meio! E aquele deus ainda roubou o meu machado!
– Urgh! Por Odin que horror.. Urgh! – Sindri quase vomitava só de pensar no que aconteceu com o humano – Ohh eu avisei que não era uma boa ideia colocar tantas armas em uma só – Ressalta Sindri pondo o ferro quente em um balde com água, resfriando o metal – Temos que forjar a arma do próximo humano, não quero que isso aconteça de novo.
Brock suspirava e se levantava, ainda bravo – Sabe, na próxima vez, vou fazer uma arma que solta bafo de dragão que desintegra tudo, de preferência que não quebre pela bosta de uma roda de cobre mal polida.
– Acho que é melhor menos poder destrutivo e mais eficiência, pode pegar o cabo do nosso machado? – Pedia Sindri enquanto tirava o avental e vestia uma camisa preta.
O anão rechonchudo pega uma caixa retangular de ferro em cima de uma prateleira, ele põe o dedo no impressor digital e abre a caixa, pegando um bastão de madeira, achando meio confuso.
– Ah? Um pedaço de pau? Você não ouviu que eu falei que a lança do humano quebrou fácil? E ainda vai fazer uma arma com cabo de madeira?! – Brock joga o pedaço de madeira para Sindri que pega no ar.
– Não é qualquer pedaço de madeira, isso é de madeira cipreste, isso é essencial pro próximo humano, além da lâmina do machado que vai ser de millenian.
– Millenian? Pega logo os trillenians que temos e faz uma metralhadora.
– Nem pensar, temos que economizar nosso metal – Eles ouvem alguém entrar na forja, quando os irmãos anões olham, vêem Huitz, nem um pouco feliz, o que já era esperado por eles – Ah, oi Huitz, sinto muito pelo o que aconteceu.
– Não quero saber de lamentos, Sindri – O deus da guerra passava reto por ele e se sentava no sofá, tirando sua máscara revelando seu rosto, que era até bem jovial, com uma marca branca no rosto e alargadores de orelha. Os anões se olhavam e Brock ia até o deus.
– Ei grandão, relaxa um pouco, vai, teu amigo era forte sim, aquele bosta que trapaceou, ai! Ei! – Sindri dava uma martelada na cabeça de seu irmão por esse péssimo consolo, dando um copo de água para Huitz que bebia tudo de uma vez.
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RAGNAROK: DIVINO PESADELO
AçãoApós muitas chances dadas, o conselho divino decide pôr um fim à raça humana, mas a opinião oposta de alguns deuses os fazem iniciar o torneio nórdico "Ragnarok" para decidir o destino da humanidade de uma vez.