CAPÍTULO 26: NÊMESIS ANCESTRAIS

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Rastejando pelos corredores.
Nuwa conversava com alguém no celular, indo para algum lugar. Sem notar um vulto passando por ela em alta velocidade, quase a derrubando e bagunçado seus cabelos. A deusa olha pra trás para ver de onde veio era surpreendida pelo mesmo vulto que passava por ela do outro lado, derrubando seus óculos de proteção. Apesar de não entender oque ou quem era, Nuwa decidiu voltar a seguir seu caminho.

Seu destino era a forja dos irmãos anões. Ao adentrar no local. Nuwa tossia devido à fumaça que saia da caldeira, indo até Sindri, que analisa alguns papéis em uma mesa baixa do lado do que sobrou das botas de Hermes, olhando para deusa, se surpreendendo.

– Oh! Oi Nuwa, bem vinda, veio ver se as armas do próximo humano estão prontas? – Perguntou Sindri meio envergonhado.

– Sim. Aproveitei que o tempo desse intervalo foi prolongado depois da última rodada.

– Eu assisti o final, e meus parabéns! A humanidade finalmente deu seu primeiro passo para vencer os deuses. Só espero não ter que assistir mortes como aquela, o Perseu cortou a cabeça da Julunggul e ainda segurou nela, urgh! – Comenta o anão enjoado.

– Para de reclamar! Você faz armas assim todos os dias pra quê? – Retrucava Brock martelando alho ao fundo.

– Não sou obrigado a ver o que meus clientes fazem com elas – Reclama Sindri olhando para seu irmão, depois para deusa – Voltando ao assunto, as armas estão todinhas guardadas no armazém, só estamos dando uns últimos retoques.

– Que bom – Diz Nuwa, olhando para as botas carbonizadas – O Hermes passou por aqui?

– Agora pouco, ele veio buscar as botas de volta, só que ele não gostou muito do estado que elas ficaram... – Explicou Sindri vendo o enfeite de asa da bota desprender, suspirando – Acho que vou passar a próxima luta concertando essas botas, é duro de admitir mas vou ter que deixar o Brock cuidando da forja.

– Eu ouvi isso idiota! – Grita Brock ao fundo.

– Certo. Vou mandar ele vir buscar os equipamentos, vou aproveitar também e ver se ele não matou aqueles dois – Disse Nuwa mandando mensagem para alguém, saindo da forja.

– Até mais, volte sempre – Sindri acenava para deusa – Aí ai.. será que eu tenho chance com ela?

– Continue agindo como um beta e vai continuar solteiro pelos próximos milênios.

– Qualé, olha pra mim, eu sou só um anão ferreiro e ela é uma deusa muito importante, nem sei se ela gosta de mim na verdade – Dizia Sindri cabisbaixo indo até seu irmão.

– Você nunca vai saber se não tentar. E que tal parar de falar dos seus sentimentos e me ajudar aqui, ãh?

– Verdade, temos uma tarefa importante agora. Ela já está pronta?

– Tá quase – Responde Brock pondo a arma recém forjada num barril de água para resfriar-lá – Me lembra até quando fiz o martelo daquele bebezão, com essa gracinha aquele mimado vai vencer num piscar de olhos – Dizia Brock erguendo a arma, sendo uma maça dourada sem espinhos.

Nos corredores da humanidade.
Huitz e Prometeu encaravam uma grande porta de mão dubla de ouro, tendo a imagem esculpida de um faraó sendo cultuado e duas esfinges de ouro nos lados. Os dois deuses permaneciam em silêncio, até Huitz falar:

– Vai chamar vele – Ordena o asteca.

– Oque?! Porque eu??! – Questiona o grego.

– O combinado era que íamos revisar quem chamaria cada humano, agora é a sua vez.

RAGNAROK: DIVINO PESADELO Onde histórias criam vida. Descubra agora