CAPÍTULO 20: A TRAGÉDIA DE UMA PROMESSA part. 1

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A éons atrás, quando a guerra celeste ocorria. Ouve uma instabilidade nos 13 reinos. Com aquele que seria nomeado no futuro como Reino Élfico, a dimensão onde residia as criaturas místicas, se conectou ao futuro Reino Mortal, com vários seres fantásticos migrando para terra em busca de abrigo.

Uma das raças que veio ao Reino Mortal, foram os Bestiais do clã das serpentes, uma raça de meio cobras e meio humanos. Um deles. Chamado Cécrope. Foi para a futura Grécia, onde apesar de sua aparência peculiar, foi visto como um mensageiro dos deuses pelos humanos primitivos. Com sua sabedoria e liderança, Cécrope ajudou a criar a maior das cidades da Grécia daquele tempo, nomeada Cecropia em sua homenagem.

Vários anos se passaram, e os deuses queriam expandir seu território e domínio. Dois deles, Athena, que na época era mais expressiva em seus sentimentos, junto de seu tio, Poseidon, fizeram uma aposta para ver quem nomearia a capital da Grécia em sua homenagem e receberia a adoração dos mortais.

A aposta foi realizada, com Cécrope como juiz, que determinou que o presente dado pela deusa da sabedoria traria mais benefícios não só a Cecropia, agora renomeada de Athenas, mas toda a Grécia. Porém, Poseidon, sendo um péssimo perdedor, criou um rancor de sua sobrinha, jurando que iria se vingar, esperando o momento certo.

Alguns anos mais tarde. Cécrope teve relações com uma mulher humana, tendo três filhas com aparências mais próximas a dos humanos. Sendo elas: Medusa, Esteno e Euríale. As três, por serem filhas do rei, foram postas como sacerdotisas do templo erguido em homenagem a Athena.

A mais velha das irmãs, Medusa, possuía uma beleza inigualável, a fazendo ser cortejada por todos, porém, sempre mantendo seu voto de castidade a sua deusa, que por sua vez, não era tão pura quanto pensavam.

Em uma noite enquanto fazia oferendas no templo de Athena. Medusa caminhava tranquilamente, olhando para a oliveira plantada pela padroeira da cidade, notando que havia uma coruja usando um capacete ateniense em um dos galhos, isso a fez se distrair e derrubar a sexta de frutos que carregava.

– Oh não – Lamentou a mulher juntando os frutos, até sentir o toque delicado de alguém quando tentou pegar uma maçã. Ao levantar seu rosto, deu de cara com a própria Athena que a encarava de volta – Grande deusa Athena!? É uma honra recebê-la – Curvou-se Medusa em adoração.

– Tudo bem, pode levantar. Acho que você deixou isso cair – Disse Athena mordendo a maçã que pegou, enquanto sua coruja pousa no seu ombro – Você é Medusa, correto?

– S-Sim minha deusa – Respondeu Medusa levantando.

– Por favor, me chame só de Athena, não sou dessas de ser vangloriada – A deusa olha para o templo – Só um pouco.

– E como posso ajudá-la, deusa Athena.

A deusa com a mão no queixo fica próxima do rosto de Medusa, a deixando corada – Saber mais sobre vocês, sabe, existem muitos humanos híbridos de outras raças por ai e queria os entender melhor, e veja só, tenho um espécime vivo bem a minha frente.

– A senhora me quer? – Questionou Medusa vermelha de vergonha.

– Não bobinha, não sinto interesse por essas coisas, fora que sua pureza é o que impede de você... Bom, ser igual ao seu pai. Enfim. Permitiria que eu estudasse mais a fundo você?

– Mas porque eu? Eu tenho outras duas irmãs – Comenta Medusa.

– Você me parece mais adequada – Ela se aproxima do rosto da mulher com um sorrisinho – Então. Permitiria?

– S-sim senhora! – Responde Medusa envergonhada.

– Mortais são mesmo divertidos, bom, vamos começar.

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