Capítulo 23

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E assim as três entraram juntas na sala. Vitória segurava nas mãos de cada uma, e entrou olhando para toda a sala.

Seus olhos exploravam sem medo, enquanto as mães iam sentando. Sofia pegou a filha no colo, e respirou fundo olhando para Natália, que sorriu de volta para as duas.

O nervoso delas era tão visível, que chegava a ser engraçado.

- Deixa eu ver o que tenho aqui. - Eduarda entrou em uma sala menor, e voltou com um pacote de bolacha e balas nas mãos. - Não sabia que iria ter visita, então, vamos improvisar um pouco. - ela sorriu e sentou-se, colocando os pacotes que trazia em cima da mesa de centro. - Espero que você goste dessas balas.

- Eu gosto. - Vitória respondeu olhando para a médica.

- Pode pegar então. - Eduatda apontou para o pacote. - E você está vindo da aula de ballet?

- Aham. - Vitória desceu do colo de Sofia para pegar as balas, como não conseguiu abrir o pacote, entregou para Natália.

- E foram as três? - ela perguntou se dirigindo para as pacientes.

- Sim, foi a primeira vez que a Sofia conseguiu ir ver ela na aula. - Natália falou e sorriu. - Estava toda coruja.

- Você também bateu fotos dela no primeiro dia. - Sofia riu com a morena, se justificando.

- Certo, então nós vamos fazer assim. - Eduarda interrompeu as risadas, pegou duas folhas de papel, e entregou para Natália e Sofia. - Nessas folhas eu quero que vocês escrevam a lembrança mais marcante que cada uma tem com a Vitória. Pode ser individual ou com vocês três juntas. Eu e ela vamos até ali na mesa conversar. - a médica apontou para a mesa atrás dela, que ela nunca usava. Ou assim parecia.

Vitória voltou a sentar no colo de Sofia, mas Natália disse que tudo bem se ela fosse até lá.

Ainda com receio, a menina foi. Apesar da tarefa para ser feita, as duas mães ficaram olhando para a filha e a médica se arrumando na mesa.

Ficaram sentadas lado a lado, com as balas e bolachas por perto. A médica dispôs na mesa alguns lápis de cor e papel em branco.

- Tá nervosa? - Eduarda perguntou num tom mais baixo para a Vitória.

A menina apenas confirmou com a cabeça, querendo se virar e olhar para as mães.

- Não precisa ficar, só vamos conversar enquanto suas mães fazem o que eu pedi.

- Por que?

- Porque eu gosto de conversar, de conhecer gente nova, você não?

- Gosto, mas depende. - Vitória pegou mais uma bala, e por natureza, começou a desenhar nos papéis em branco, dispostos a sua frente.

- Depende de quem é?

- Se a minha mommy deixa. - respondeu. - Eu não devo falar com estranhos, é perigoso, eles podem me fazer mal.

- A mommy é a Sofia? - Eduarda perguntou apenas para confirmar suas suspeitas, e Vitória afirmou com a cabeça positivamente - E como você chama a Natália?

- Mama. - Vitória sorriu. - É mais fácil assim.

- É mesmo. Me conta, como você prefere que eu te chame?! Já descobri que você tem bastante apelidos por aí..

- Pode ser Vitória ou Mavie. O resto são as minhas tias ou minhas mães que inventam. - a menina sorriu de leve.

- Certo. - a médica sorriu. - Me diz mais de como era sua vida com a sua mommy, quando era só vocês duas.

Born To Die - StaliaOnde histórias criam vida. Descubra agora