E assim as três entraram juntas na sala. Vitória segurava nas mãos de cada uma, e entrou olhando para toda a sala.
Seus olhos exploravam sem medo, enquanto as mães iam sentando. Sofia pegou a filha no colo, e respirou fundo olhando para Natália, que sorriu de volta para as duas.
O nervoso delas era tão visível, que chegava a ser engraçado.
- Deixa eu ver o que tenho aqui. - Eduarda entrou em uma sala menor, e voltou com um pacote de bolacha e balas nas mãos. - Não sabia que iria ter visita, então, vamos improvisar um pouco. - ela sorriu e sentou-se, colocando os pacotes que trazia em cima da mesa de centro. - Espero que você goste dessas balas.
- Eu gosto. - Vitória respondeu olhando para a médica.
- Pode pegar então. - Eduatda apontou para o pacote. - E você está vindo da aula de ballet?
- Aham. - Vitória desceu do colo de Sofia para pegar as balas, como não conseguiu abrir o pacote, entregou para Natália.
- E foram as três? - ela perguntou se dirigindo para as pacientes.
- Sim, foi a primeira vez que a Sofia conseguiu ir ver ela na aula. - Natália falou e sorriu. - Estava toda coruja.
- Você também bateu fotos dela no primeiro dia. - Sofia riu com a morena, se justificando.
- Certo, então nós vamos fazer assim. - Eduarda interrompeu as risadas, pegou duas folhas de papel, e entregou para Natália e Sofia. - Nessas folhas eu quero que vocês escrevam a lembrança mais marcante que cada uma tem com a Vitória. Pode ser individual ou com vocês três juntas. Eu e ela vamos até ali na mesa conversar. - a médica apontou para a mesa atrás dela, que ela nunca usava. Ou assim parecia.
Vitória voltou a sentar no colo de Sofia, mas Natália disse que tudo bem se ela fosse até lá.
Ainda com receio, a menina foi. Apesar da tarefa para ser feita, as duas mães ficaram olhando para a filha e a médica se arrumando na mesa.
Ficaram sentadas lado a lado, com as balas e bolachas por perto. A médica dispôs na mesa alguns lápis de cor e papel em branco.
- Tá nervosa? - Eduarda perguntou num tom mais baixo para a Vitória.
A menina apenas confirmou com a cabeça, querendo se virar e olhar para as mães.
- Não precisa ficar, só vamos conversar enquanto suas mães fazem o que eu pedi.
- Por que?
- Porque eu gosto de conversar, de conhecer gente nova, você não?
- Gosto, mas depende. - Vitória pegou mais uma bala, e por natureza, começou a desenhar nos papéis em branco, dispostos a sua frente.
- Depende de quem é?
- Se a minha mommy deixa. - respondeu. - Eu não devo falar com estranhos, é perigoso, eles podem me fazer mal.
- A mommy é a Sofia? - Eduarda perguntou apenas para confirmar suas suspeitas, e Vitória afirmou com a cabeça positivamente - E como você chama a Natália?
- Mama. - Vitória sorriu. - É mais fácil assim.
- É mesmo. Me conta, como você prefere que eu te chame?! Já descobri que você tem bastante apelidos por aí..
- Pode ser Vitória ou Mavie. O resto são as minhas tias ou minhas mães que inventam. - a menina sorriu de leve.
- Certo. - a médica sorriu. - Me diz mais de como era sua vida com a sua mommy, quando era só vocês duas.
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Born To Die - Stalia
RomanceNatália e Sofia se conheceram durante uma viagem da dona de casa pra Nova York. Sofia é uma fotógrafa em ascensão, e Natália recém-separada tentando se reencontrar, ambas com 25 anos na época. A paixão foi imediata, e logo tudo que começou como uma...