Seguiram com a vida após o incidente. Sofia cortou um dobrado para convencer Vitória a voltar para a escola.
O casal também precisou ir até lá e entender o que havia acontecido naquele dia, o que gerou uma desavença entre elas e a escola.
– Tudo bem que nós não estávamos presente no dia da reunião. – Natália falou. – Mas me dizer que atitude tomada foi só uma repreensão?
– Senhora, nós não temos o hábito de punições severas com nossos alunos... – a diretora começou a falar e foi interrompida pela fotógrafa.
– Então tratem de começar. A criança brigou com outro menino, empurrou a nossa filha, ameaçou bater nela e ainda agiu de maneira preconceituosa, e você vem me dizer que ele só ouviu uma chamada de atenção? – Sofia disse revoltada.
– Acredito que a conversa que tivemos com os pais também, vai alterar esse comportamento, sem que uma atitude drástica seja aplicada. – a diretora respondeu.
– Atitude drástica? Desde quando uma suspensão é drástica? Acontecia aos montes e por muito menos anos atrás. – Natália rebateu. – Eu já trabalhei em escolas, e conheço o esquema, ele apresentou violência gratuita e só parou porque foi ameaçado por outras crianças. Se esse é o tipo de coisa que vocês mantêm aqui, nós realmente temos que começar a procurar outra instituição de ensino.
– Eu realmente sinto muito se não condiz com as expectativas de vocês, usamos esse método desde o começo, as atitudes mais graves só serão tomadas...
– Quando algo muito ruim acontecer. – Sofia completou. – Como em tudo nesse país de merda, só tomam atitudes depois que as coisas acontecem. Prevenção é artigo de luxo.
– Dessa vez a minha filha ganhou um machucado superficial no joelho. – Natália ficou em pé, sendo acompanhada pela loira. – Se até ela sair daqui algo mais grave acontecer, vocês podem chamar os advogados.
O casal saiu da sala da diretora sem falar mais nada até chegarem no carro.
– Merda. – Natália bateu com a mão no volante. – Depois de todo o trabalho que passamos com a Vitória, a escolha da escola, e dá uma merda dessas.
– Ainda estamos na metade do ano, amor, vamos esperar até ano que vem e vê se realmente vai valer a pena essa mudança. – Sofia disse passando a mão no ombro da morena, tentando acalmá-la.
– É, não dá pra forçar uma mudança a Mavie agora, vamos deixar terminar esse ano, mas que essa escola entrou na minha esquerda, ela entrou. – a morena respondeu ainda com o tom de fúria.
– Eu sei. – a fotógrafa deu um sorriso fraco e subiu sua mão para a nuca da esposa, onde começou com carinho e seguiu até elas chegarem no escritório do advogado.
Com o primeiro problema resolvido, o segundo e mais complicado para elas enfrentarem foi a reunião com o advogado. O homem já era conhecido dos Starlings, havia cuidado de alguns contratos que o pai da loira tinha realizado.
Com o boletim de ocorrência em mãos, que Natália ficou se perguntando como ele já teria tal documento, o homem orientou as próximas ações da morena. Fazer praticamente nada, além de manter distância da mulher.
Agora, era esperar o inquérito seguir em frente e quando fosse necessário o depoimento da morena, ele avisaria e a acompanharia.
Muito mais calmas, elas retornaram para a escola da filha, já que não levaria mais muito tempo para as aulas terminarem.
– Cecília tá acordada que a Rosa disse. – Sofia falou mexendo no celular.
– Quer que eu te deixe em casa? – Natália perguntou.
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Born To Die - Stalia
RomanceNatália e Sofia se conheceram durante uma viagem da dona de casa pra Nova York. Sofia é uma fotógrafa em ascensão, e Natália recém-separada tentando se reencontrar, ambas com 25 anos na época. A paixão foi imediata, e logo tudo que começou como uma...