Já era quase final da tarde quando as quatro saíram juntas da escola. Vitória não escondia o sorriso e mostrava orgulhosa para a irmã caçula a medalha de prata que havia ganho.
Passado o sufoco, Natália e Sofia também distribuíam sorrisos. Puderam assistir juntas a prova da pequena, e comemorar ao seu lado a vitória.
– Tá vendo? É de prata, mas é igualzinha a de ouro, só muda a cor. – Vitória entregou a medalha nas mãos da irmã.
– Mama, dá... – Cecília respondeu e riu da careta que a irmã fez para ela.
– Não falo essa língua. – a menina disse fazendo as mães gargalharem.
– Ela tá aprendendo, vida, daqui a pouco fica mais fácil entender o que ela tá falando. – Natália falou e olhou para as duas pelo retrovisor.
– Mavie, não deixa ela por a medalha na boca. – Sofia que tinha virado o corpo, estendeu a mão para tirar o objeto da filha.
– Não, Ceci, isso não é comida. – Vitória retirou a medalha da irmã.
– Dá dadá.
– Não coloca na boca. – a mais velha devolveu o objeto que começou a ser batido contra o apoio da cadeira.
– Tó. – Cecília entregou para Vitória.
– Fala Vitória.
– Mama.
– Não, Vitória.
– Mama, ma...
– Ela não chama nem a mommy. – Vitória falou revoltada.
– Chama sim, amor, ela não consegue falar mommy ainda, então chama mama. – Sofia sorriu e explicou para a mais velha. – E Vitória é complicado pra ela falar agora, ensina ela a te chamar de mana.
– Mana, fala mana. – a pequena repetiu para a caçula.
Cecília apontou para Vitória e sorriu. Apesar de ter sido reconhecida pela irmã, não era o que ela queria, e por isso a mais velha passou o resto do trajeto tentando fazer a bebê chamá-la corretamente.
Enquanto o diálogo repetitivo acontecia no banco de trás, o casal ia na frente comentando sobre o que Kiara havia dito para Sofia sobre o fim do namoro dela e da psiquiatra.
– Jantar fora sem pizza? – Vitória falou quando viu o restaurante escolhido pelas mães.
– Chega de pizza, sua espoletinha, vamos comer algo mais saudável. – Natália respondeu e segurou a mão de Sofia enquanto entravam no lugar.
Escolheram um canto onde poderiam jantar tranquilas e dar toda atenção para as filhas, que disputavam as mães, cada uma ao seu modo.
– Vem cá, vamos dar uma chance para o restaurante que a mama escolheu. – Sofia passou o braço sobre o ombro de Vitória, abrindo o cardápio na frente da filha.
– Quanto verde. – a pequena resmungou enquanto lia as opções de pratos.
– Que tal essa panqueca de brócolis com queijo pra gente e um hambúrguer pra pequena? – Natália sugeriu ignorando a careta que a filha fez quando ouviu brócolis.
– Por mim pode ser, e você? – a fotógrafa indagou para a menina.
– Hambúrguer eu quero. – Vitória sorriu.
– É um hambúrguer diferente do que você já comeu. – Sofia alertou encarando a filha.
– Mas é bom ela experimentar algo novo. Só assim pra saber se é bom ou não. – Natália disse e chamou o garçom.
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Born To Die - Stalia
RomansaNatália e Sofia se conheceram durante uma viagem da dona de casa pra Nova York. Sofia é uma fotógrafa em ascensão, e Natália recém-separada tentando se reencontrar, ambas com 25 anos na época. A paixão foi imediata, e logo tudo que começou como uma...