Born To Die - Stalia

Capítulo 35

Natália encarava as duas ainda mais perdida. Olhou novamente para a fotógrafa e segurou o pulso dela.

– Quem é essa mulher? – Natália rosnou e sem querer apertou o pulso da esposa.

– Uma biscate, muito folgada e louca de pedra. – Natalie respondeu no lugar da loira. – Vou me livrar dela já.

Natalie saiu da mesa bufando de raiva. Priscila acompanhou a namorada com o olhar, tão perdida quanto a morena estava naquela situação.

– Mas, gente... – a modelo começou a falar e viu que Natália ainda não havia soltado o pulso da fotógrafa.

– Calma, amor, ela é uma ex do meu pai. – Sofia falou quando viu que não ia conseguir soltar seu braço sozinha.

A morena então percebeu o que estava fazendo e largou rapidamente a esposa.

Na frente das duas, Vitória olhava em dúvida de uma mãe para a outra, não sabendo exatamente que ação tomar.

– Desculpa. – Natália murmurou e fez um carinho na marca dos dedos que tinha ficado na pele branca.

– Não foi nada. – Sofia sorriu e ouviu os gritos que estavam vindo da sala. – Acho que a Natalie não conseguiu colocar ela pra fora.

– Eu vou. – a morena não esperou para saber a história inteira, levantou depressa e seguiu na direção da sala principal.

Ao seu encalço, estava a filha, seguida de Priscila e Natalie que traziam Cecília.

Natália se aproximou da gritaria e ficou entre as duas, tomando a frente de Natalie. Encarou a mulher de cima abaixo, sem mudar a expressão de raiva. A princípio, a morena achou estranho que aquela mulher seria ex do seu sogro.

Devia ser alguns anos mais velha que Sofia, mas era bonita, muito bonita. Cabelos longos, olhos claros, rosto perfeitamente desenhado, era o tipo de mulher que a fotógrafa ficaria sem dúvidas. O olhar de desprezo de Natália só aumentou naquela constatação.

– E quem diabos é você? – Paola perguntou com arrogância para Natália.

– Você invade a MINHA casa e nem ao menos sabe quem eu sou? – a morena respondeu com raiva dando um passo mais próximo da mulher.

Sofia segurou a respiração.

– Natália. – a voz da fotógrafa desviou a atenção da outra para a branca.

– Aí está você... Sofia, nós precisa... – Paola tentou caminhar até a fotógrafa, mas a mão firme de Natália impediu ela. As duas se encararam novamente. – Escuta aqui, minha filha, quem você pensa que é pra...

– Minha mulher, e se eu fosse você cuidava com as próximas palavras. – Sofia falou séria. – O temperamento dela é forte.

Paola olhou da fotógrafa para a morena. Sentiu o aperto em seu braço aumentar, e sorriu de lado.

– Só queria falar com você, Sofia, é muito importante. – a mulher insistiu.

– Ela acabou de dar à luz, e certamente não vai falar com você, que tem cinco segundos pra sair da minha casa, antes que eu solte os cachorros. – Natália vociferou e soltou o braço de Paola com um empurrão em direção a saída.

– Que cachorro? Aquela cachorra boba? – Paola riu.

– A Chloe não é boba, não fala assim da minha cachorra ou a minha mama vai meter a mão na sua cara. – Vitória disse brava.

– Maria Vitória. – a fotógrafa chamou a atenção da filha. – Eu não tenho nada pra falar com você, Paola, e não me importo com qualquer que seja o assunto que queira falar comigo. – Sofia emendou encarando a mulher.