Capítulo 45

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Vitória preparou a sua mochila e pegou a que Sofia havia preparado para Cecília e saiu de casa animada com a oportunidade que passaria somente com a tia.

Para a criança, fazia muito tempo que não acontecia, e ela pretendia aproveitar cada momento.

No carro, elas foram conversando e planejando à tarde, já que Priscila ficou incumbida de manter as crianças longe do casal por um longo tempo.

– Ai, bebê, eu até iria pra praia se tivesse mais uma pessoa comigo. – a modelo falou. – Não sou ninja pra cuidar de vocês duas como as suas mães não.

– E shopping? A gente pode ir no cinema. – Vitória mudou o roteiro novamente.

– Shopping até rola, cinema não dá, não deixam entrar bebês. – ela fez uma careta pelo retrovisor.

Vitória respirou fundo e olhou para a irmã.

– Quando é que você vai crescer, hein? – a menina resmungou para a caçula que olhou para ela sorrindo.

– Tó, maná. – Cecília estendeu o brinquedo que tinha na mão para a mais velha.

– Não quero. – Vitória empurrou de volta para a bebê que pegou e mandou um beijo para ela. – Malinha. – a menina reclamou, mas sorriu e jogou beijo para a irmã também.

– Coisas mais lindas. – Priscila se derreteu pela cena.

– Titia, você vai ter filho com a Eduarda agora?

– Não sei, meu amor, nós só estamos namorando, bem de comecinho agora. – a modelo respondeu com paciência.

– Você não quer mais ter filhos? – insistiu.

– Quero, quero muito, mas antes eu preciso conhecer muito bem a pessoa, pra só depois pensar em ter um filho. – Priscila explicou. – Tem que ter muito amor entre o casal, e uma estrutura bem sólida pra ter uma criança. Porque vocês... – a modelo sorriu para a menina – Dão trabalho também, além de alegria.

– Acha que dou trabalho para as minhas mommys? – a pequena perguntou um pouco triste.

– Normal, princesa, como toda criança. – sorriu. – Escola, educação, lazer, saúde, isso tudo faz parte da criação de uma criança, e não é fácil, mas não quer dizer que é ruim, entende? É como a Chloe, ela não é um máximo? Você não ama ela?

– Muito. – Vitória respondeu sorrindo.

– Então, mas ela dá trabalho também, não dá? Não tem que limpar, levar pra banho, educar?

– Tem.

– Pois é, mas nem por isso você deixaria dela ou a amaria menos, certo? – a modelo insistiu e Vitória concordou com a cabeça. – De certa forma, é assim com os filhos, dão trabalho, mas é um trabalho bom, alegre, cheio de amor. Tenho certeza que suas mães não se incomodam nem um pouco com isso.

– Eu queria acordar melhor, pra não deixar a mama chateada, mas não consigo, é mais forte que eu. – a pequena relatou sem jeito.

– Precisa não, princesa, sua mama AMA esse jeitinho marrento seu de acordar. – Priscila afirmou com um sorriso para a menina.

Estacionou o carro e virou-se para o banco de trás.

– Aliás, a sua mama te ama exatamente como você é, sem mudar nadinha, então tira isso da sua cabecinha, combinado?!

– Tá. Agora nós vamos tomar sorvete? Por que a Ceci pode comer isso. – Vitória disse sapeca.

Priscila gargalhou e desceu do carro. Ajudou Vitória e depois pegou Cecília no colo e colocou no carrinho.

Born To Die - StaliaOnde histórias criam vida. Descubra agora