Logo no início da tarde, era o momento de ir encontrar com Eduarda, e diferente das outras vezes o casal levou as duas filhas.
Vitória porque a médica havia solicitado a presença da criança, e Cecília, porque simplesmente Sofia não queria deixar a filha para trás mais um dia.
– Família completa hoje. – a médica falou ao abrir a porta do consultório e ver as quatro na recepção. – Finalmente posso conhecer a nova integrante dos Starling-Rosa.
Eduarda pegou Cecília no colo com um sorriso no rosto, e como sempre simpática, a pequena também sorriu.
Vitória olhou com cara feia para a cena, morrendo de ciúmes da irmã. Só depois que elas estavam na sala e acomodadas no sofá, é que a médica devolveu a bebê para os braços de Sofia.
– Ela tá grande, quanto tempo mesmo? – Eduarda perguntou, enquanto pegava as bolachas que sempre entregava a Vitória, quando ela vinha.
– Vai fazer três meses, semana que vem, pertinho do aniversário da mana. – Natália respondeu orgulhosa e passou a mão no cabelo da mais velha.
– Tempo tá voando. – a médica falou e entregou as bolachas para a pequena desconfiada. – E você, como está? Faz tempo que não te vejo.
– Bem. – Vitória respondeu encolhida entre os braços de Natália.
– E a escola como está indo? – Eduarda insistiu.
– Tá legal, mas agora eu não vou mais. – a criança respondeu com um sorriso.
Natália arregalou os olhos em direção a médica, enquanto a fotógrafa se concentrou em brincar com a filha mais nova.
– Não vai mais por quê? – a médica perguntou observando a reação das mães.
– Não sei, a mommy disse que eu não ia mais, então não vou. – Vitória disse e comeu a primeira bolacha.
– A mommy quer me dizer o porquê então? – Eduarda ironizou encarando a loira.
– A escola não é uma boa influência pra ela. As meninas da turma estão muito avançadas, falando sobre coisas que não tem porque criança saber. – Sofia respondeu. – E a Natália concordou...
– Tá, falamos disso depois. – a médica respirou fundo e fez as suas anotações. – Podemos falar um pouquinho de ontem, Mavie?
– Não. – Vitória disse na lata e olhou para Natália, que havia repousado sua mão na perna da filha. – Mas ela perguntou se podia...
– Porque é uma forma educada de se tocar no assunto, conversa só um pouquinho com a Eduarda, e depois você e a mana podem ir brincar. – a morena falou e discretamente chamou a atenção de Sofia.
– Tudo bem, meu amor, pode falar, não tem problema. – Sofia recebeu a chamada de atenção da morena e incentivou a filha..
– Foi legal, até a parte do acidente. – Vitória falou para a médica.
– E antes da parte do acidente, me conta como foi. – Eduarda, que havia deixado as mães incentivarem a filha a conversar, pediu com calma e largou a caneta, tentando deixar a menina mais à vontade.
– Eu tava na aula, daí tinha que esperar até terminar, porque a diretora ia conversar com a gente no final, por causa do Gabriel, que bateu no Caíque e depois tentou bater em mim. – Vitória começou a falar e aquela parte da escola, chamou a atenção das mães, que tinham esquecido completamente. – Mas a mama chegou antes da aula terminar, e a gente fugiu da escola, e foi pro shopping.
– Vocês sabiam disso? – Eduarda olhou para as pacientes cortando a menina.
– Sim. – Natália respondeu. – Mas esquecemos completamente.
VOCÊ ESTÁ LENDO
Born To Die - Stalia
عاطفيةNatália e Sofia se conheceram durante uma viagem da dona de casa pra Nova York. Sofia é uma fotógrafa em ascensão, e Natália recém-separada tentando se reencontrar, ambas com 25 anos na época. A paixão foi imediata, e logo tudo que começou como uma...