Natália e Sofia rolavam na cama aos beijos. Tinham conseguido com êxito realizar a programação do dia para cansar as filhas.
Brincaram na rua, nadaram, fizeram o almoço juntas, pularam a soneca da tarde de Vitória e seguiram no entretenimento.
Já na hora do jantar, a caçula e a mais velha piscavam à mesa, e o casal não teve trabalho nenhum em dar banho e colocá-las para dormir.
Cumprindo o combinado, a fotógrafa levou logo a esposa para o quarto, onde se entregaram a intermináveis rodadas de amor e paixão.
– Deixa tocar, vai... – Sofia falou e seguiu com os beijos pelo corpo da morena.
O celular tinha resolvido tocar bem naquela hora, e apesar de ter sido ignorado na primeira vez, a ligação foi repetida.
– Tão ligando de novo, pode ser importante. – Natália praticamente resmungou, com os dedos entrelaçados nos cabelos da branca, os beijos da esposa já estavam tirando sua sanidade novamente.
– Não importa. – a fotógrafa deu uma leve mordidinha na barriga trincada de Natália e olhou de relance para ela. – Como você consegue ser tão gostosa?
Natália não evitou o sorriso, aquele que Sofia mais amava.
Novamente, o celular tornou a tocar.
– Pode ser importante. – a morena conectou o olhar com a esposa, segurando firme seu cabelo e impedindo que ela continuasse.
Sofia revirou os olhos e saiu de cima de Natália, dando espaço para a morena virar na cama e alcançar o celular.
– É a Nath. – Natália disse antes de atender. – Oi, Nath, tudo bem?
– Não, uma desgraça. Uma tragédia, o fim dos meus dias. – a mulher respondeu com a voz arrastada em meio as lágrimas.
– Natalie, você bebeu? O que foi que aconteceu? – a morena insistiu sentando na cama e chamando a atenção de Sofia.
– Eu nasci pra sofrer, pra ver a felicidade alheia, não mereço ter a minha alegria não. A mulher que eu mais amei nunca me amou, a que eu amo me deixou, só me restou uma garrafa de whisky, mas ela tá acabando também.
– Tá completamente bêbada. – Natália disse para Sofia e colocou o celular no modo viva voz. – A Sofia tá aqui.
– Sofia, meu amor... – Natalie suspirou. – Meu único amor.
– Tá abusando, Natalie. – a morena falou revirando os olhos.
– Natalie, onde tá a Priscila? Vocês brigaram? – Sofia pegou a mão de Natália e beijou.
– Ela me deixou. Fez as malas e saiu porta afora, sem nem olhar pra trás. – o choro foi percebido.
– Eu sinto muito, minha amiga, de verdade, mas você não está em condições de falar nada agora. – a fotógrafa falou com calma. – Larga a bebida, toma um banho e vai dormir, amanhã nós conversamos melhor.
– Eu devia ter insistido mais, ter feito mais.
– Provavelmente. – Sofia sorriu para a morena.
– Se tivesse feito isso, poderia ser eu a mãe da Cecília.
Natália encarou a loira, e antes que a fotógrafa conseguisse falar algo, segurou o celular com força.
– Ok, Natalie, não me faz perder a paciência com você. Vai dormir, que você não tá falando nada com nada.
– Eu teria ganhado de você, Natália, jamais teríamos voltado pra esse país de merda.
Sofia arrancou o celular da mão de Natália e interrompeu a ligação. Desligou o aparelho e repetiu o processo com o da esposa.
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Born To Die - Stalia
RomanceNatália e Sofia se conheceram durante uma viagem da dona de casa pra Nova York. Sofia é uma fotógrafa em ascensão, e Natália recém-separada tentando se reencontrar, ambas com 25 anos na época. A paixão foi imediata, e logo tudo que começou como uma...