Vegas não conseguia afastar a sensação de que Pete tinha acabado de escapar de seu alcance — e isso o aterrorizava demais.
Enquanto compravam perfume, ele o tinha olhado de uma maneira como nunca havia feito antes. Como se estivesse pronto para abaixar as armas e se render. Nunca ninguém tinha olhado para ele daquele jeito. Assustado e esperançoso, tudo ao mesmo tempo. Exposto de uma maneira linda. E ele mal podia esperar para recompensar essa confiança. Para recompensá-lo por ter se atirado de cabeça, pois ele estaria lá para pegá-lo. Mal podia esperar para dizer-lhe que a vida antes de ele aparecer em Pattaya era sem cor, sem luz e sem perspectiva.
As mãos de Pete acariciavam seu peito naquele momento. Desciam para seu abdômen. Ele se inclinou e enterrou o nariz em seu peito, inalando, gemendo baixinho...
Traçando o contorno de seu pau com os nós dos dedos.
O toque, é claro, era para distraí-lo, prendê-lo entre a necessidade e a irritação. Ele não queria Pete quando a mente dele estava obviamente em outro lugar. Vegas queria aqueles barreiras derrubadas. Queria tudo dele, cada pedaço. Mas havia uma parte sua que também sentia nervosismo. Receio de ele não estar preparado para lutar com qualquer que fosse o inimigo desconhecido que estava contra ele.
O último foi o culpado pele brutalidade dele quando pegou o pulso de Pete, segurando-o longe do zíper aberto.
— Me conta sobre o que realmente era a ligação. - Ele vacilou com o tom dele, afastando-se.
— Eu contei. Não era nada.
— Vai mesmo mentir pra mim?
Jesus, ele estava literal e metaforicamente encurralado, preso no elevador sem ter para onde correr. Não que não tivesse procurado por uma saída, até no teto.
— Não tenho que te contar cada detalhe — gaguejou ele, por fim, apertando o botão de ABRIR PORTA sem parar, mesmo que ainda estivessem no meio do caminho até o 16o andar.
— Pretende ser dominador assim o tempo todo? — Sua risada foi estridente, assustada, e cavou um buraco no peito do capitão. — Porque é um pouquinho demais.
Não. Não iria cair nessa.
— Pete, vem aqui e olhe pra mim.
— Não.
— Por que não?
Ele revirou os olhos.
— Não quero ser interrogado.
— Bom — grunhiu ele. — E eu quero a verdade sem ter que pedir por ele.
Ele o ouviu engolir em seco bem antes de a porta do elevador abrir e ele disparar, caminhando depressa na direção oposta do quarto do capitão, onde ele acabaria se ele não fizesse nada. Vegas o alcançou bem antes que ele pudesse entrar no próprio quarto, envolvendo um braço ao redor de sua cintura e a puxando contra o peito.
— Chega.
— Não fala comigo como se eu fosse uma criança.
— Está agindo como uma. - Ele bufou.
— Você é quem...
— Caramba. Se disser que fui eu quem quis um namorado de temperamento difícil, vai me irritar, Pete. — Ele agarrou o queixo de Pete e inclinou sua cabeça até que estivesse apoiada no ombro dele. — Quero você. Quem quer que seja, o que quer que seja, quero você. E vou lutar para entrar nessa mente quantas vezes for preciso. Uma, duas, três vezes. Não ouse duvidar de mim.
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NAQUELE VERÃO - VEGASPETE
FanfictionPete Saengtham, um dos boys mais influentes de Bangkok, vive chamando atenção nos eventos e nas redes sociais. Depois de levar um fora do namorado, ele invade a cobertura de um hotel e faz uma festa que acaba saindo do controle, seu padrasto decide...