O restante da estadia deles em Seattle foi como um sonho.
Porsche e Kinn encontraram os dois no saguão do hotel na hora marcada, cheios de discos de segunda mão. E, mesmo que Pete ainda quisesse que Vegas falasse para Kinn que Porsche estava fora de cogitação, suas preocupações foram temporariamente afastadas pele verdadeira amizade que parecia ter brotado entre os dois.
Uma tarde juntos e eles estavam terminando as frases um do outro. Tinham até piadas internas. Não que isso surpreendesse Pete. Seu irmão era um deus com um espírito puro e romântico, e já estava na hora de as pessoas o valorizarem.
Desde que certas partes permanecessem dentro da calça. No jantar, Vegas e Kinn lhes contaram sobre a vida no barco. A história favorita de Pete era sobre a garra de um caranguejo que ficou presa no mamilo de Deke, e Vegas até teve que lhe dar pontos.
Ele os fez contar duas vezes enquanto gargalhava já alegre pelo vinho. No meio da refeição, Kinn mencionou a tempestade da semana anterior, e Pete viu Vegas enrijecer, seu olhar indo direto para o dele, avaliando se ele conseguia aguentar aquilo. Pete ficou surpreso ao descobrir que, mesmo que seus nervos estremecessem de maneira ameaçadora, conseguia acalmá-los com algumas respirações profundas.
Aparentemente, Vegas ficou tão feliz com Pete encorajando Kinn a terminar a história que a puxou para seu colo, e ele permaneceu ali, feliz, o restante da noite.
Dormiram em seus respectivos quartos, embora ele e Vegas tenham trocado algumas mensagens de texto atrevidas. E, na manhã seguinte, apertaram-se na caminhonete para voltar a Pattaya.
Com a mão entrelaçadas na de Vegas sobre o painel e a playlist de viagem de Porsche entoando pelos altos falantes, Pete se viu... ansioso para voltar para casa. Ele tinha ligado para Abe naquela manhã e avisado que se atrasaria para a caminhada; depois ligou rapidinho para Opal e marcou um café para aquele semana.
No seu celular, havia mais de uma centena de mensagens e incontáveis e-mails de conhecidos de Bangkok, donos de boates e Tay, mas Pete estava ignorando todos eles para que nada ofuscasse a beleza daquele viagem para Seattle.
Fora as várias mensagens urgentes sobre o dia 7 de setembro, Pete estava feliz por ter recebido duas garotas que tinha conhecido no Afunde o Navio. Eles queriam se encontrar para planejar a festa do Dia do Trabalho. E o que Pete achava de um grupo de tutorial de maquiagem?
Bom. Ele achava... realmente uma boa ideia. Com o número cada vez maior de amigos e o dia da grande inauguração cada vez mais próximo, de uma hora para a outro Pete estava com a agenda cheia.
E se ele conseguisse de fato se encaixar em Pattaya? Sim, Vegas o fazia sentir como se já fosse parte do lugar. Mas ele tinha uma vida ali. Uma comunidade que conhecia desde que nasceu. A última coisa que ele queria era depender dele.
Se ficasse em Pattaya, precisaria construir o próprio caminho. Fazer parte daquela relação com Vegas, mas ao mesmo tempo ser independente dele. E, pela primeira vez, essa não parecia uma possibilidade improvável.
Quando chegaram em Pattaya, Vegas deixou Kinn em seu apartamento primeiro, então completou a viagem de cinco minutos até o apartamento de Pete e Porsche. A expressão dele só podia ser descrita como ranzinza ao estacionar a caminhonete, visivelmente relutante em se despedir dele. Pete o entendia. Mas não havia chance de deixar Porsche sozinho o tempo todo.
Seu irmão estava inclinada sobre o banco da frente naquele momento, o queixo apoiado nas mãos.
— Tá bom, Vegas — anunciou, seca. — Pete estava cantando "Natural Woman" bem alto no banho essa manhã...
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NAQUELE VERÃO - VEGASPETE
FanficPete Saengtham, um dos boys mais influentes de Bangkok, vive chamando atenção nos eventos e nas redes sociais. Depois de levar um fora do namorado, ele invade a cobertura de um hotel e faz uma festa que acaba saindo do controle, seu padrasto decide...