005- Lobos

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••MELINDA POVS••

Era sábado e como de costume a noite, nós íamos num rolê na praça, a gente comprava bebida e ficava conversando lá estávamos tentando animar a a Elisa, afinal, depois de tudo que aconteceu, ela ainda estava triste.

—to com pressentimento de barraco hoje.—Vivian disse mexendo na guia de oxalá dela e eu dei risada negando com a cabeça.

—Eu duvido muito, estamos tão na paz.—Digo dando um gole na minha bebida.

Os meninos tinham ido comprar mais bebida e nós estávamos sentadas nos bancos conversando.

—Eu já disse, a gente devia ter matado o Rubens quando a gente teve chance.—manoela disse.

—só se for pra irmos presas.—vivian disse revirando os olhos.

Neguei com a cabeça e eu fiquei vendo uma movimentação estranha na conveniência e eu conheço o jeito do Victor de falar de longe, então me levantei Vívian segurou meu braço.

—Melhor não, deixa que eles resolvem.—ela disse e eu respirei fundo e fiquei olhando a confusão.

Eu vi os meninos virem andando e os cara andando atrás deles, como se quisessem confusão.

—Man, fica suave, ninguém olhou pra tua mina não, aliás quem ia olhar pra jaguatirica?.—Caic disse e ficou entre Elisa e Manoela segurando o riso.

—Ele olhou pra bunda dela.—o cara esbravejou apontando pro Thiago.

—Moço eu lá vou perder meu tempo olhando pra coador de café me respeita.—Thiago disse.

—Voce tá procurando confusão, só que não vai achar.—victor disse colocando as mãos no bolso da calça olhando pro cara a sua frente com o olhar sereno e calmo, olhar esse que eu conhecia muito bem.

—Voce se acha demais né moleque, você sabe quem eu sou?.—ele disse peitando o Victor que não se mexeu apenas deu uma risada irônica mantendo o a postura.

—Não me interessa saber quem você é, me interessa saber quem eu sou, e eu não sou o tipo de cara que briga com qualquer um na rua sem um motivo plausível, nenhum daqui olhou pra sua mulher, agora se ela tá falando isso pra procurar treta aí o b.o já não é nosso, até porque eu não sei se você viu mas olha aí, a gente tá rodeado de mina bonita, não iriamos perder tempo olhando pra mina dos outros.—ele disse calmo e seguro de si olhando pro cara que tava ficando vermelho de ódio.

Eu sabia bem que o Victor tava se controlando, ele não ia brigar sem motivo, e não era isso que era o certo, ele tinha que ficar calmo, aquele cara tava procurando confusão e eu já tava cansada dele peitando o Victor como se o Victor fosse revidar as provocações.

—eu podia muito bem quebrar sua cara, e os seus dentes todos sabia? E não seria má idade.—o cara disse e aí eu não me aguentei.

Eu entrei na frente do Victor peitando o cara.

—Pra encostar nele vai ter que passar por mim,e te garanto passar por mim vai ser difícil.—Digo encarando o homem mais alto na minha frente e naquele momento eu não tinha medo, a única coisa que eu sabia era que ninguém nunca mais ia me assustar ou mexer com quem eu amava.

—Você não acha que tá se achando demais não o menina? Sabia que eu te derrubo com um soco?..-ele disse.

—Tenta, encosta nela que você vai ver.—Victor disse olhando pro cara.

—Misericórdia, parece um leão e uma leoa um defendendo o outro, alguém tira uma foto disso.—manoela disse ao fundo e caic tampou a boca dela.

—Quer pagar pra ver?.—o cara disse encarando Victor.

—Quer pagar pra ver que você não sai daqui vivo se encostar em um fio de cabelo dela?.—Victor disse inclinando o rosto levemente pra direita sem perder a pose ou a cabeça.

O cara ficou com tanta raiva que simplesmente puxou meu cabelo pra que eu saísse da frente me jogando no chão, e nesse momento eu só vi o Victor pegando ele pela camisa e dando um soco nele.

Os meninos entraram no meio pra separar e a mina do cara também entrou no meio e eu levantei puxando ela pelo braço a tirando da confusão.

—Porque tá fazendo isso?.—ela perguntou.

Apenas ignorei a pergunta e fui tentar separar a briga eu entrei no meio e segurei o Victor vendo a mão dele machucada e o cara no chão machucado tossindo sangue.

—Victor, você quase matou o cara.—Thiago disse.

—Eu já disse, na minha garota ninguém mexe.—ele disse e me olhou tirando uma mecha do meu cabelo vendo um vermelho no meu rosto por conta de tentar separar a briga e eu apenas neguei com a cabeça e o abracei.

—Ta tudo bem, não precisa se preocupar.—digo e seguro sua mão.

—não se preocupa, a mão vai ficar de boa.—ele diz e eu nego com a cabeça tirando minha blusa fina que estava, ficando apenas de camisa normal e usando a blusa para enfaixar sua mão.

—pelo menos até chegar em casa, só para não infeccionar.—digo e ele afirma que sim com a cabeça.

NOSSA MÚSICA- LealOnde histórias criam vida. Descubra agora