018- Bahia ne pae!¡

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••MELINDA POVS••

Adrenalina, aquele sentimento que te faz acelerar o coração, a sensação de correr perigo, a sensação de não saber qual o final de algo. Eu e o Victor tínhamos muitas coisas em comum, mas uma delas era o nosso sentimento de adrenalina, e era algo que nós não tínhamos medo.

Era um daqueles dias que a gente sabia que o rolê ia dar bom, Victor tava animado, ele tinha acabado de trocar de carro, tinha realizado seu sonho de ter um civic g 10 preto, e eu tava super feliz por ele, ele veio me buscar em casa para sairmos e quando sai na porta lá estava ele, encostado na porta do carro com o som estalando, tocando "coração de aço" de Hungria, eu soltei um sorriso me aproximando lhe dando um selinho.

—Todo animado com o carro.—digo brincando.

—E eu vou reclamar de que? Tenho meu carro dos sonhos, minha mulher do lado, tô na paz.—ele disse sorrindo.

—Isso é verdade, mas a gente vai aonde? Temos que encontrar a galera.—Digo ajeitando o cabelo.

—Não sei aonde vamos primeiro, porque quem vai dirigir vai ser você.—ele disse jogando a chave na minha mão e eu aparei sem entender direito.

—Você ta falando sério?.—perguntei.

—claro que sim.—ele disse abrindo a porta do passageiro entrando e eu dei a volta entrando na porta do motorista.

Coloquei a chave na ignição e dei partida, ele colocou o cinto e aumentou o som a essa altura a música que tocava era "insônia" de tribo da periferia feat Hungria.

Eu abri os vidros do carro e acelerei, sentindo a energia a adrenalina Victor soltou um sorriso e colocou a mão na minha coxa a apertando devagar.

Isso era foda, a adrenalina de dirigir um carro em alta velocidade com o som no talo era surreal eu não sabia direito para onde ir, mas não me importava eu estava com ele, era isso que me importava.

A gente parou o carro num posto e ele desceu e foi comprar energético e balinhas eu fiquei me olhando no retrovisor e quando vi ele estava voltando.

Ele entrou no carro e ajeitou as coisas e logo dei partida novamente e acelerei o carro, nós  dirigimos até a casa do Caic, que era aonde todo mundo estava reunido, aqui na Bahia pelo menos até aonde a gente sabe todo mundo se reúne na porta das casas com som alto e bebendo.

Eu e Victor colocamos no som do carro "mete seu cachorro" música do Lá fúria aumentamos o som no máximo e fomos chegando perto da casa do Caic e já dava pra ver todo mundo sentado nas cadeiras na porta fui parando o carro devagar Thiago e Caic já levantaram dando risada.

—FALA MEU CACHORRO.—Caic gritou e Victor tirou o cinto descendo do carro.

—Fala meu galego.—victor disse abraçando.

—Ai saudades carnaval.—Manoela disse.

Desliguei o carro descendo do mesmo deixando só o som ligado.

—Nem me fale.—digo e entrego a chave pro Victor que a guardou no bolso.

Eu andei até as meninas e me sentei em uma cadeira amarrando o cabelo, a gente ficou ali conversando como nos velhos tempos antes da faculdade começar a sugar o tempo de todo mundo.

—Uma saudade que eu tenho é dos meninos cantando.—Elisa falou e todas nós concordamos.

—É verdade, vocês podiam cantar de novo.—Digo.

—No dia que você cantar também, a gente canta.—Thiago afrontou e eu dei risada.

—Qual música?.—afirmo e todos parecem surpresos.

—A da iza, dona de mim, você sempre cantava essa.—Manoela disse soltando um sorriso.

—Ta bem.—Digo.

Caic colocou o beat da música da Iza na caixa de som e eu respirei fundo me ajeitando na cadeira.

—Já me perdi tentando me encontrar
Já fui embora querendo nem voltar
Penso duas vezes antes de falar
Porque a vida é louca, mano, a vida é louca.—comecei a cantar e soltei um sorriso vendo que estavam todos prestando atenção em mim.

—Sempre fiquei quieta, agora vou falar
Se você tem boca, aprende a usar
Sei do meu valor e a cotação é dólar
Porque a vida é louca, mano, a vida é louca.—vi o Victor pegar o celular começando a gravar e fiquei com certa vergonha mas deixei e continuei a cantar.
—-Me perdi pelo caminho
Mas não paro, não
Já chorei mares e rios
Mas não afogo, não
Sempre dou o meu jeitinho
É bruto, mas é com carinho
Porque Deus me fez assim
Dona de mim.—cantei essa parte olhando pra Vívian e segurei em sua mão a vendo soltar um sorriso.
—Deixo a minha fé guiar
Sei que um dia chego lá
Porque Deus me fez assim
Dona de mim.—Olhei para Elisa e Manoela e soltei um sorriso as vendo se aproximar da minha cadeira e encostarem seus rostos em meus ombros sorrindo.

Quando terminei de cantar todos sorriram e aplaudiram e eu dei um sorriso sincero.

—minha namorada é incrível em tudo que faz mesmo né.—victor disse parando de gravar se levantando vindo até mim me dando um selinho.

—Te amo.—sussurro.

—te amo.—Ele sussurra de volta sorrindo.

—Ai gente, o Leandro tá chamando a gente para uma corrida de carros que vai ter hoje, bora?.—Thiago sugeriu.

—So temos um problema, o único que tá de carro aqui é o Victor, eu e você estamos de moto.—Caic afirmou.

—corre do mesmo jeito.—Thiago disse.

—-a gente topa amor?.—Victor me perguntou e eu soltei um sorriso.

—A gente topa, vai ser bom.—digo sorrindo travessa.

NOSSA MÚSICA- LealOnde histórias criam vida. Descubra agora