Ponto mais alto do céu

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Cinco dias depois

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Cinco dias depois...

Georgiana

Um sentimento de confusão me assolava os pensamentos. Peter se afastou tão bruscamente de mim sem ao menos dar alguma explicação e quando pergunto sobre ele, And logo muda de assunto me deixando à ver navios.

Já fazem quase duas semanas que não tenho notícias dele e isso me deixa angustiada por algum motivo. Me acostumei com sua presença aqui no jardim e à brincar com ele. Me acostumei com sua risada e com sua forma de salientar o quanto sou bonita sempre que me via. Com o meu laço de fita principalmente, ele sempre especifica essa parte e eu adoro isso.

Senti uma saudade apertar meu peito e desejei tê-lo aqui comigo. Nem que fosse apenas como o meu amigo que me empurra no balanço, ou que pega flores para mim das árvores em que não dou altura.

Senti falta de seus lábios tocarem os meus e por um momento fechei meus olhos lembrando da sensação. Passei os dedos no meu arco do cupido e sorri ao saber que foi para ele que entreguei o meu primeiro beijo. Que foi para o meu Peter.

— Hum-hum... Está sonhando acordada filha? Mal tocou em sua comida.

— Me desculpe mamãe, estou sem apetite.

— O que houve? Já faz tempo que tomou o seu desjejum, já deveria estar com fome...

— Eu sei, mas já estou farta. Se me dão licença. — Me levantei da mesa e me dirigi para o quintal.

Avistei Andrew descendo de seu cavalo e se encaminhando para sua casa, que ficava na estância de Romney Hall.

— And? — Ele se assusta com o meu chamado mas não se vira para mim.

Me aproximei dele e cheguei à sua frente para mirar seu rosto que estava avermelhado e seus olhos marejados.

— And, o que houve? Por quê está chorando?

Ele toca o meu ombro e me olha com pesar.

— Eu quis te falar, mas eu não pude.

— O quê? O que está dizendo?

— Georgie, Peter está partindo para a Escócia.

— Como é? — Senti meus olhos arderem. — Não pode estar falando sério!

— Eu si... Eu sinto muito, Georgie.

— Não, você está mentindo! Isso é o quê? Algum tipo de pegadinha Andrew?

Ele negou com a cabeça.

— Onde ele está? Está em casa?

— Está na estação.

Em um impulso saí correndo em direção da estação de trem e quando cheguei na plataforma, havia uma locomotiva que partia.

— Peter!

Confissão proibida de Georgiana Crane (OS CRANE- PHILOISE). Onde histórias criam vida. Descubra agora