Vulnerável

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Georgiana

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Georgiana

Meu coração disparou. Eu sei bem o que ele vai dizer mas não estou nada preparada para isso.

— Pode falar... — Disse olhando em seus olhos.

— Eu... Eu lhe trouxe aqui porque...

Continuei o encarando.

— Porque... Foi onde fizemos um juramento. E eu quero que saiba que para mim, era muito sério. Eu realmente levei muito à sério a minha promessa para você.

— Não estou entendendo. — Lhe dei um sorriso amarelo. — Onde quer chegar?

— Eu quero lhe dizer que... Georgie, eu vou amar você até o fim dos tempos e continuarei sendo seu até não ter mais fôlego em meus pulmões ou além disso, mas...

— Mas? — Meus olhos encheram-se de lágrimas.

— Mas nós dois sabemos que essa relação não tem um futuro. Eu sou um padre, você é uma dama da alta sociedade, não faz sentido jogar o seu nome na lama em prol disso! Portanto eu estou lhe liberando de sua promessa.

— O quê?

— Você não precisa ser minha. Não merece ser minha. Eu jamais lhe traria tamanha desgraça.

— Não pode estar falando sério! Não pode tomar essa decisão sozinho!

— Eu já tomei a minha decisão.

Meu coração rasgou-se no meio e senti as lágrimas romperem-se dos meus olhos até o queixo.

— Eu não entendo Peet. Não entendo!

— Não há como isso dar certo, para nenhum de nós.

— Não! Eu não entendo por quê me deixou! Não entendo por quê não me respondeu nenhuma maldita carta! E não entendo por quê se tornou a droga de um padre! Pensei que me amava!

— Eu amo você!

Travei. Meu peito disparou ainda mais e minha respiração passou à ser ainda mais pesada.

— Então por quê? Por quê me abandonou?

— Eu não tive escolha. Eu precisava... Eu tinha...

— Diga logo!

— Eu não queria isso. Eu não procurei por nada disso! Em meu coração sempre fui seu e era assim que tinha que ser! Eu queria me casar com você! Ter muitos filhos com você! E fui forçado à abandonar tudo o que mais amava na vida!
Você sabe o que é isso? Sabe o quanto foi difícil? — Engoli em seco ao ouvir suas palavras.
— Todas as vezes que abria uma carta sua no meio daquele inferno, o meu peito ardia para voltar pra você. Mas eu sabia que aquilo ia ser impossível!
Não havia sequer, alguma forma de fugir dali! — Seu tom de voz subia gradualmente, carregado de sofrimento.
— Eu tinha de cumprir o meu destino e aceitar que não a teria de volta... E quando começava à me contentar, chegava outra carta, depois outra, depois outra, depois outra, tornando tudo ainda mais insuportável!

Confissão proibida de Georgiana Crane (OS CRANE- PHILOISE). Onde histórias criam vida. Descubra agora