"Se as palavras pesam demais, que o silêncio seja nosso abrigo. No tempo certo, vou te contar, o que meu coração já sente por ti."— Flor Silenciosa
Sofia nunca foi do tipo de pessoa que se deixava abalar por incertezas. Ela sabia que a vida tinha um ritmo próprio, assim como o café que fervia lentamente antes de ser servido. Tudo tinha seu tempo, e ela sempre foi boa em esperar.No entanto, quando se tratava de Amélia, o silêncio começava a ter um peso diferente. As conversas não ditas entre as duas tinham se tornado parte da rotina. Cada poema que Amélia escrevia e postava no blog Flor Silenciosa parecia ser um pedaço de sua alma, uma chave para um segredo que Sofia ainda não tinha acesso completamente.Naquele dia, enquanto observava Amélia sentada à janela, seus dedos sempre tão ágeis segurando a caneta com cuidado, Sofia se perguntava se algum dia ouviria diretamente da boca dela o que seus poemas pareciam sussurrar. Havia algo nos olhos de Amélia, algo que Sofia não conseguia desvendar completamente.Ela preparava um novo cappuccino para Amélia, sentindo o aroma suave e familiar tomar conta do café. Seu corpo se movia quase no automático, mas seus pensamentos estavam longe. Ela se perguntava se o que sentia era mútuo, ou se as palavras escritas por Amélia eram apenas fragmentos de uma alma introspectiva, sem relação direta com ela.Enquanto observava as flores de cerejeira caírem suavemente pela janela, Sofia suspirou. Amélia era um enigma que ela estava disposta a decifrar, mas isso não significava que era fácil. No entanto, havia algo reconfortante naquele mistério, algo que a fazia querer continuar, independentemente das respostas.Sofia pegou a xícara e caminhou até a mesa de Amélia, seus passos leves no chão de madeira do café. Quando chegou, Amélia levantou os olhos do caderno, e por um breve segundo, seus olhares se encontraram de um jeito que fez o coração de Sofia bater um pouco mais rápido.— Aqui está — disse Sofia, colocando o cappuccino à frente de Amélia, tentando manter sua voz firme, mesmo que por dentro estivesse um pouco mais nervosa do que de costume. — Eu adicionei um pouco de canela. Acho que você vai gostar.Amélia sorriu timidamente e agradeceu com um aceno, voltando os olhos para o caderno. Sofia hesitou por um momento, querendo dizer algo mais, mas as palavras lhe faltaram. Em vez disso, ela decidiu perguntar:— Eu adoro seu blog, sabe? Flor Silenciosa. Seus poemas são incríveis... Mas às vezes eu me pergunto... você escreve sobre alguém específico?Amélia corou ligeiramente, seus olhos voltando-se para o cappuccino à sua frente. Ela mexeu distraidamente na caneta entre os dedos, evitando o olhar de Sofia.— Talvez... — respondeu, sua voz baixa. — Eu escrevo o que sinto no momento. Mas... algumas coisas... são mais difíceis de dizer diretamente.Sofia sorriu gentilmente, inclinando-se levemente para frente.— Eu entendo. Os poemas podem dizer muito sem usar palavras diretas. Mas, sabe, se um dia você quiser me contar... estou aqui, tá?Amélia soltou um suspiro silencioso, ainda sem coragem de encarar Sofia por muito tempo, mas suas mãos pararam de tremer. Parecia que parte do peso que carregava estava começando a se aliviar.— Talvez... um dia — murmurou Amélia, quase como uma promessa.Sofia assentiu. Sabia que, mesmo sem uma confissão clara, algo havia mudado entre elas. Era como se o espaço entre as palavras tivesse se estreitado, como se os poemas e os silêncios começassem a ganhar uma nova forma. E ela estava disposta a esperar pelo momento em que Amélia estaria pronta para dizer mais..*. ⋆ ⋆.。☆゚°˖* .*. ⋆ ⋆.。☆゚°˖*.*. ⋆ ⋆.。☆゚°˖*.*. ⋆ ⋆.。☆゚°˖*.*. ⋆ ⋆.。☆゚°˖*.*. ⋆ ⋆.。☆゚°˖*
⋆.ೃ࿔*:・sera que Amelia contara oq sente por Sofia? vcs estão gostando delas? deixe nos comentarios e vc poderia votar isso me ajuda a chega em mais pessoas✉૮꒰ ˶• ༝ •˶꒱ა ♡↪
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𝑪𝒐𝒇𝒇𝒆𝒆 𝒊𝒏 𝒕𝒉𝒆 𝑪𝒍𝒐𝒖𝒅𝒔
RomantizmEm um pequeno café no alto de uma colina, Amélia, uma jovem tímida e apaixonada por poesia, encontra refúgio. Sempre distante e reservada, ela nunca imaginou que suas palavras, publicadas secretamente em um blog, tocariam o coração de alguém tão esp...