Sinto que há engano por vir
Honestamente, eu e a verdade nunca somos um
Porque eu sou o homem mentiroso
E te escolhi para ser minha próxima vítimaOh, eu preciso que você veja além do meu personagem
Para me dizer que estou errado, para tirar a máscara
Ou então ficarei na mentira
E vou mentir até morrerPorque não estou com a cabeça no lugar
Queria ter força para admitir isso
Minha teimosia vai relutar
Mas eu não mereço vencer
Estou no escuro ponderando meus erros
Mas na luz, eu juro que irei
Negar tudo- Liar, The Arcadian Wild
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- Mas se você não for a companheira de Edwards... - Jasper disse com uma careta. - Isso só deixa uma opção...
- Que é...? - Bella perguntou. Seu rosto estava levemente torcido, seus lábios se virando para baixo. Isso não fez o estômago de Rosalie se contorcer, e se fez, foi simplesmente por frustração e talvez um toque de simpatia.
Ninguém respondeu, e a única coisa que Rosalie conseguia ouvir na sala era a respiração entrecortada de Bella, baixa e irregular.
Carlisle foi quem finalmente respondeu.
- Em algum momento no futuro próximo você...vai morrer - ele disse com simpatia. - E nós nos importamos demais para deixar você ir.
A expressão de Bella era, a princípio, de choque. Seus olhos se arregalaram e suas narinas se dilataram levemente, e a inspiração brusca fez Rosalie se arrepiar. Sua mão foi lentamente até o cabelo, empurrando-o lentamente para trás enquanto ela começava a piscar rapidamente.
Rosalie viu seus olhos começarem a brilhar e se levantou.
Ela não queria mais estar ali.
Não precisando mais esconder suas habilidades, ela fugiu da sala em sua velocidade ofuscante de sempre, e ela podia ouvir o salto na frequência cardíaca de Bella na primeira vez que viu a velocidade de um vampiro. Mas então Rosalie se foi.
Ela não sabia para onde estava indo. Ela só precisava não estar mais naquela sala.
Ela correu para dentro da floresta, saltando sobre pedras, troncos e detritos, desviando e abaixando-se entre galhos e evitando pássaros em pleno voo. Por fim, ela chegou a um lugar que passou a conhecer como "seu", uma pequena clareira bem no fundo da floresta. O solo já estava duro no início do inverno, com pouco além dos restos murchos dos trevos e flores de madressilva que povoariam o chão da clareira na primavera e no verão.
Rosalie marchou até a árvore maior, encostando-se nela, seus dedos esticados enquanto pressionava as palmas das mãos contra o tronco. Ela abaixou a cabeça e fechou os olhos, inalando profundamente pelo nariz. Ela inalou o cheiro da floresta do início do inverno ao seu redor, o ar limpo e cortante picando seus pulmões. Ela não precisava respirar, mas o cheiro da floresta a acalmou.