CAPÍTULO 14 - Parte 2

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A carta de Bella sussurrava provocativamente para Rosalie debaixo do assoalho

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A carta de Bella sussurrava provocativamente para Rosalie debaixo do assoalho. Dia após dia, Rosalie sentia-se atraída por ela, mas se recusava. Recusava-se a abri-la, a lê-la, a reconhecer sua existência. No entanto, ao mesmo tempo, não conseguia se livrar dela. Então, tentou tirar isso da cabeça e se ocupou com outros pensamentos.

Por um breve momento, considerou deixar a cabana, talvez até o país, e ir para o Alasca ver os Denali ou viajar sozinha novamente para algum lugar. Poderia ir a Paris. Ou Tóquio. Hong Kong, talvez, ou Cairo. Não visitava o Cairo havia muito tempo. Rosalie se perdeu em seus pensamentos por um tempo, ponderando os méritos de vários destinos possíveis, mas acabou descartando todos por diversas razões.

E se essas razões eram todas estranhamente frágeis, e algo em seu íntimo lhe dizia que ela sabia muito bem que não iria a lugar algum e sabia exatamente o motivo, Rosalie simplesmente ignorou. Ignorou tudo.

Assim como ignorava a carta.

✧⁠✧✧⁠✧

O Ano Novo veio e se foi.

Rosalie estava sozinha quando a meia-noite chegou.

Ela passou a noite olhando pela janela, sentada em uma cadeira de madeira desconfortável e lendo sob uma lâmpada. Tentando ler, para falar a verdade.

Era difícil quando o corpo de Rosalie tentava balançar a cadeira em que estava sentada sem sucesso, e quando ela se via irritada com a iluminação medíocre para leitura noturna. Então, ela franzia a testa, zangada consigo mesma por pensar assim, e redobrava sua concentração no livro, apenas para que isso acontecesse de novo e de novo, até que ela fechasse o livro com frustração e saísse para dar uma caminhada para clarear a cabeça, e possivelmente quebrar algumas pedras.

Era isso que estava acontecendo uma semana após o Ano Novo, no dia 7 de janeiro, e Rosalie estava na floresta quando sentiu o cheiro dele.

Ela parou e rosnou, olhando ao seu redor.

– Não estou aqui para brigar – vieram as palavras cautelosas. – Estou aqui apenas para conversar. É tudo que quero.

Um momento depois, Edward Cullen apareceu em seu campo de visão, com as mãos levantadas no ar. Ela abaixou a guarda, mas apenas um pouco, seus lábios ainda curvados em um rosnado silencioso enquanto o encarava. Ele encontrou seu olhar impassivelmente, com as narinas dilatadas.

– Você parou de vigiá-la – ele disse após alguns momentos de silêncio.

– O que você tem a ver com isso!? – Rosalie respondeu abruptamente.

– Alice fica com ela à noite agora – ele continuou, como se Rosalie não tivesse falado. – Nas primeiras noites em que estive lá, admito que ouvi algumas das conversas que você teve com ela. Eu estava com ciúmes, e mais de uma vez tive que me controlar para não entrar naquele quarto e te jogar para fora por ousar falar com ela de forma tão íntima. 

Uma Gota de CorOnde histórias criam vida. Descubra agora