CAPÍTULO 17 - Parte 1

501 64 10
                                    

Música do capítulo:
GOOD MORNING SUNSHINE
- The Narcissist Cookbook

Música do capítulo:GOOD MORNING SUNSHINE- The Narcissist Cookbook

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.


Deixe-me fazer uma pergunta.

O que você faria se tudo o que você conhecesse e amasse fosse varrido em uma onda de perda?

O que você faria se os blocos de construção do seu coração se desintegrassem em pó diante dos seus olhos, deixando você com nada a fazer, exceto gritar impotentemente para os poderes que estão por trás disso por ousarem arrancá-la de você?

Você faria qualquer coisa para salvá-la?

Para trazê-la de volta?

Você atravessaria milhas de brasas quentes, arrancaria todas as suas unhas, se banharia em ácido e desnudaria a pele dos seus ossos?

E se você encontrasse um jeito?

E se isso significasse abrir mão de tudo o que lhe restasse?

E se isso significasse despedaçar os laços do espaço, do tempo e do destino?

E se isso significasse deixar você para trás, deixar tudo o que você foi e tudo o que poderia ser queimar, só para que em algum lugar, alguém que usa seu rosto e nome, mas não é você, possa viver e ser feliz?

Você conseguiria fazer isso?

Você conseguiria queimar tudo em nome dela?

Destruir tudo que compõe sua identidade, quebrar uma barreira inquebrável repetidamente, cada vez deixando pequenas partes de si mesmo em seu rastro?

Você conseguiria?

Eu sei minha resposta.

Você sabe a sua?

✧⁠✧✧⁠✧

EM UMA CABANA NA FLORESTA PERTO DE FORKS, WASHINGTON

3 de maio

A primavera em Forks significava chuva.

O verão em Forks também significava chuva, assim como o outono e o inverno em qualquer dia em que não estivesse nevando.

A chuva em Forks não era nada nova, nada especial e carregava pouca importância, exceto por fazer qualquer recém-chegado à cidade se arrepender de ter esquecido um guarda-chuva naquele dia.

Ela caía em torrentes, cortinas e baldes, encharcando o solo até que a camada superior não conseguisse mais se saturar com água e a chuva se acumulasse na grama. Começando como pequenos bolsões de água que cresciam em pequenas poças, se a chuva continuasse por tempo suficiente, elas se tornariam grandes poças; e com poças grandes o suficiente, as depressões naturais e o terreno irregular criariam pequenos rios de água fluindo pela grama.

Uma Gota de CorOnde histórias criam vida. Descubra agora