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AVISOS DE CONTEÚDO: · Menção a estupro coletivo; · Menção a violência física.
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2 de agosto
Rosalie virou a página de seu romance e continuou lendo, apreciando a sensação da brisa suave da noite em sua pele e o som das folhas farfalhando nas árvores. Seu cabelo estava preso, mas algumas mechas emolduravam seu rosto e, de vez em quando, caíam em seus olhos, obrigando-a a colocá-las atrás da orelha a cada poucos minutos.
Ela estava na varanda do terceiro andar, aquela que saía por uma porta de vidro deslizante do quarto principal. A madeira da varanda era de cerejeira escura, combinando com o tom florestal das partes externas da casa. A porta estava aberta atrás dela, e, de vez em quando, ela ouvia a cortina balançar com o vento.
Outra coisa que também podia ouvir era Bella, dentro da casa, conversando ao telefone com Lauren. A nova integrante da família se preparava para sua transformação em algumas horas, e Bella tentava acalmá-la. Rosalie fazia o possível para não prestar atenção, não gostava de se intrometer em conversas privadas quando podia evitar.
Eventualmente, ela ouviu as vozes se acalmarem e passos ecoarem pela casa. A falta de móveis tornava todos os movimentos de Bella ainda mais altos para a audição vampírica de Rosalie do que já seriam normalmente. As duas tinham trocado algumas conversas curtas sobre o que poderiam fazer com a casa no futuro. Havia uma sala ampla no lado oeste da enorme mansão que ambas concordaram em transformar em uma biblioteca particular, e isso era o máximo que haviam decidido até então.
A cadeira de balanço de Rosalie era um dos poucos móveis que haviam sido levados para a casa com antecedência. Já haviam decidido qual seria o lugar definitivo dela na biblioteca: um canto da enorme sala perto de uma janela alta, que proporcionaria luz suficiente para leitura sem que o sol fosse excessivamente ofuscante em qualquer momento do dia.
No entanto, ela não estava usando sua cadeira de balanço agora. No momento, queria sentir o vento em seu rosto e ter uma visão clara do céu noturno. Rosalie nunca tomava o céu noturno como algo garantido. Embora a maioria de suas residências típicas ao redor do mundo fosse relativamente isolada, poucas eram tão afastadas quanto esta casa. O único outro lugar onde conseguia uma visão tão límpida do céu noturno era no Alasca, quando ficavam com o Clã Denali.
As estrelas estavam espalhadas pelo céu, brilhantes e reluzentes, como se uma das bombas de banho cintilantes de Alice tivesse explodido em uma banheira de tinta preta. Rosalie podia ver a Via Láctea e identificar várias constelações.
Os passos de Bella se aproximaram por trás dela, parando assim que cruzaram a moldura da porta. Bella deu um passo para o lado, encostando-se na parede da casa. Rosalie não levantou os olhos. Estava concentrada demais na página que lia, mas estava plenamente ciente da posição exata de Bella graças aos seus outros sentidos.
